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Imobiliário da CGD em Portugal afeta contas públicas do país

Os ativos de imobiliário da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Portugal vão agravar a dívida pública nacional em 2015. Alterações nas regras da contabilidade pública do país vão fazer com que os resultados da Wolfpart – a holding da CGD que gere as participações do grupo Caixa em Portugal – vão passar a consolidar no défice nacional e não nas contas da CGD como acontecia até agora, porque a empresa dá prejuízos.

Em concreto, a Wolfpart vai agravar a dívida pública em 400 milhões de euros e o défice em pouco menos de 70 milhões, segundo noticia o Diário Económico. A holding de investimento no mercado imobiliário está na lista de entidades que integram o Orçamento do Estado para 2015 e a sua reclassificação no perímetro das Administrações Públicas até pode vir já hoje publicada nos dados do INE - Instituto Nacional de Estatística.

Governo com a vida mais complicada  

A dimensão do impato, sobretudo em percentagem do PIB, não é particularmente significativa. No caso da dívida, leva a um aumento de 0,25 pontos percentuais e, quando se olha para o défice, o efeito desce para 0,04 pontos. Mas são mais uns pozinhos a complicarem as contas ao Governo e ilustram o impacto que as mudanças nas regras da contabilidade pública podem ter nas contas nacionais.

Até agora, a Wolfpart consolidava os seus resultados na Caixa Geral de Depósitos, pelo que os prejuízos e a dívida ficavam fora das contas públicas. Mas as regras mandam que empresas com maus indicadores financeiros - receitas próprias que representem menos de 50% das despesas totais, por exemplo - passem a consolidar no défice orçamental.  

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