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Sem salário e sem justificações. Foi assim que o empresário Agostinho Amândio Nogueira, da Agostinho Nogueira – Construção Civil, em Mozelos, Santa Maria da Feira, deixou os seus 25 trabalhadores. O empreiteiro “desapareceu”, deixando a construtora e respetivos trabalhadores à sua sorte.  

“Estávamos a meio de um Plano Especial de Revitalização (PER), mas no dia 8 de janeiro o patrão deixou de aparecer na empresa e nunca mais o vimos entretanto", revelou o atual diretor da construtora, Adérito Ferreira, citado pela Lusa.

“Depois de muitos contactos, soubemos que no dia 18 ele apresentou um pedido de insolvência no Tribunal de Oliveira de Azeméis, mas, como a nós não nos deu justificações nenhumas nem papéis para o desemprego, continuamos na empresa sem nada para fazer e sem poder sair daqui, para não perdermos os nossos direitos", acrescentou ainda o responsável.

Neste momento só falta regularizar o ordenado de janeiro, mas à empresa “não faltava trabalho”, de acordo com Adérito Ferreira, que não encontra justificação para o sucedido.

Os funcionários evitaram entrar em pormenores, segundo a Lusa, mas atribuíram os problemas financeiros da firma a alegadas "questões pessoais" do proprietário, que estarão a prejudicar até os seus "outros negócios", nomeadamente no setor dos equipamentos de refrigeração e da panificação.

Empresário repete falências

Esta não será a primeira “falência” de Agostinho Amândio Nogueira. Segundo o Jornal de Negócios, a 14 de dezembro de 2016, dois dias antes de ter sido aprovado o PER para a Agostinho Nogueira – Construção Civil, o Tribunal de Comércio de Oliveira de Azeméis decretava a insolvência de uma outra empresa do mesmo empresário, nomeadamente a Agostinho Amândio Nogueira Lda.

De acordo com a publicação, o empreiteiro faliu sem ativos, mas deixou 812.000 euros de dívida a credores, 85% dos quais reclamados pelo Fisco e Segurança Social. 

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