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Sem apoio da CGD, Soares da Costa salva da falência por trabalhadores e outros credores
idealista/news

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) parece estar com mão de ferro com quem está em situação díficil. Depois de se ter sabido que deixou cair uma imobiliária de luxo no Algarve, agora é tornado público que o banco do Estado votou contra a recuperação da construtora Soares da Costa. Mas mesmo sem o apoio da Caixa, a empresa foi salva.

Em processo de insolvência desde agosto do ano passado, a empresa está a tentar dar a volta. O plano de recuperação apresentado pela administração foi agora alvo de votação e mereceu o voto favorável de 51,08% dos votos dos credores. Ao todo, segundo conta o Público, votaram 98% dos créditos reclamados, mas o principal credor, a Caixa Geral de Depósitos, cuja posição valia 30% do total, votou contra.

“Foi sobretudo a mobilização de fornecedores e trabalhadores que permitiu que este processo de viabilização possa ir para a frente”, explica Pedro Pidwell, nomeado administrador de insolvência neste processo, citado pelo jornal.

Em causa estão cerca de 1200 trabalhadores que, segundo o plano aprovado, vão conseguir recuperar quase integralmente o seu passivo. A administração da Soares da Costa já assegurou uma linha de financiamento de 45 milhões de euros, negociada a três anos, para suportar necessidades de tesouraria e os custos da reestruturação da construtora,

O maior esforço no perdão de dívida era pedido ao setor bancário. Com créditos reclamados a chegar aos 696,7 milhões de euros, foi proposto um perdão de 75% das dívidas em euros à banca, e de 35% das dívidas contraídas na moeda angolana, sendo que o remanescente deveria ser pago em 18 anos.

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