O negócio da cimenteira Cimpor em Portugal e Cabo Verde foi vendida aos turcos da Oyak por 700 milhões de euros. Uma transação que se enquadra “no plano de redução da dívida do grupo publicamente anunciado pela InterCement e pela Cimpor, em resposta à adversidade do contexto que se tem observado nos mercados da América do Sul, especialmente no Brasil”, refere em comunicado a InterCement, que comprou a Cimpor em 2012.
Com esta aquisição, a Oyak ficará com as três fábricas e as duas moagens de cimento, as 20 pedreiras e as 46 centrais de betão localizadas em Portugal e em Cabo Verde.
Segundo o Jornal de Negócios, a unidade de negócios da Cimpor, que agrega Portugal e Cabo Verde, tem um ativo de 863 milhões de euros. Esta atividade, agora “nas mãos” do grupo turco Oyak, é a segunda maior da InterCement, em termos de ativos, logo após o Brasil.
De acordo com o relatório e contas da InterCement, do primeiro semestre deste ano, o ativo da unidade compara com um passivo de 370 milhões de euros, resultando numa situação patrimonial líquida de 493 milhões de euros.
O ECO escreve, entretanto, que há algum tempo que a construtora brasileira Camargo Corrêa, que controla a InterCement (holding para os negócios do cimento do grupo brasileiro), procurava a alienação dos seus ativos em vários países, incluindo Portugal, para reduzir a pressão da sua dívida elevada. De recordar que chegou a equacionar-se a possibilidade da Cimpor regressar à bolsa, o que não vai acontecer.
Quem é a Oyak?
O Oyak assume-se como “o primeiro e maior fundo de pensões (‘second tier’) na Turquia”, escreve o Expresso. Foi fundado em 1961 e é líder do mercado cimenteiro na Turquia, empregando atualmente cerca de 30 mil pessoas em 19 países.
Em 2017 registou um volume de negócios de 10,2 mil milhões de dólares. Atualmente tem sete fábricas integradas de cimento, três moagens de cimento, 45 centrais de betão e uma fábrica de sacos de papel.
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