A construtora portuguesa Alves Ribeiro deu um passo de gigante no mercado externo. Acaba de investir 150 milhões de euros no Silk Road Paris, um mega-shopping nos arredores de Paris, junto ao aeroporto Charles de Gaulle, França. Dedicado ao comércio de produtos, sobretudo, chineses, este centro de vendas com 400 lojas, numa área equivalente a 10 campos de futebol, abriu as portas esta semana.
Este é o primeiro investimento da Alves Ribeiro em França e a inauguração no passado dia 21 de novembro, contou com a presença de altas figuras da política francesa, incluindo o antigo primeiro-ministro francês, Jean-Pierre Raffarin.
"O comércio é a melhor maneira de as pessoas se entenderem. E é por isto que este centro faz sentido. Este é um investimento português significativo porque se trata de um povo de comerciantes. E, tal como os chineses, são também bons interlocutores e bons trabalhadores. Estas são capacidades que nem sempre temos aqui em França", afirmou o antigo primeiro-ministro, citado pela Lusa.
Por seu turno, o embaixador de Portugal em Paris, Jorge Torres Pereira, declarou que "este investimento faz todo o sentido no laço comercial entre a China e a Europa. Portugal foi o primeiro país a fazer a rota marítima da porcelana e, por isso, esta é a continuação da nossa tradição de ligar os dois continentes", frisando que se trata de "um dos investimentos mais importantes dos últimos anos" de uma empresa portuguesa em França.
O centro, tal como relata a agência de notícias, conta já com cerca de 30% das lojas ocupadas, maioritariamente pela comunidade chinesa. Segurança e melhores condições são as principais razões da mudança para este novo centro logístico.
Mas também as empresas portuguesas estão interessadas neste novo espaço. O Crédito Agrícola já tem um espaço neste centro para ceder às empresas portuguesas que queiram expor os seus produtos na capital francesa e apostar na internacionalização.
Esta é a primeira fase do empreendimento da Alvez Ribeiro, que conta com mais duas parcelas de terreno adquiridas à volta do aeroporto Charles de Gaulle.
E dependendo do sucesso do complexo Silk Road, a empresa portuguesa quer acrescentar mais lojas - num total de 1000 lojas de retalho - e outros serviços como hotéis e mais restauração, remata a Lusa.
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