Londres, Genebra e Oslo lideram o ranking elaborado pela Arcadis. Portugal aparece nas posições 72 e 77 da lista.
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Construir casa em Portugal
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Lisboa e Porto entraram no ranking das 100 cidades com os maiores custos de construção do mundo, classificação liderada por Londres, Genebra e Oslo, segundo o último relatório 'International Construction Costs' (ICC), publicado pela Arcadis. As cinco cidades mais baratas estão na Ásia e na Índia.

Das 100 cidades analisadas, Lisboa aparece em 72º lugar, e Porto. Depois de Londres, Genebra e Oslo a encabeçar o pódio, Nova Iorque, Copenhaga, São Francisco, Zurique, Munique, Hong Kong e Macau completam o Top 10 das cidades mais caras para construir no mundo.

custos de construção
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O índice da Arcadis resulta de combinação de fatores, incluindo custos crescentes de energia, escassez de materiais e disponibilidade de mão de obra, juntamente com grande procura específica do setor (residencial e industrial), que coloca os mercados norte-americanos e muitas cidades europeias, incluindo cidades espanholas e portuguesas, a sentirem aumentos de custos de dois dígitos.

O relatório da Arcadis também aponta diferentes taxas de recuperação no setor da construção ao redor do mundo, em conjunto com as diferentes estratégias dos governos contra a Covid-19.

A análise foi preparada antes do conflito na Ucrânia, que segundo a empresa “sem dúvida irá exacerbar a escassez de materiais, o que trará repercussões significativas nos mercados mundiais, além de maior incerteza global”.

Setor robusto, apesar das circunstâncias

O diretor global de Custos e Gestão Comercial da Arcadis, Andy Beard, destaca que o setor da construção se mostrou "extremamente robusto apesar das difíceis circunstâncias do ano passado" e refletiu sobre como a contenção sustentada na entrega de habitação e infraestruturas, melhor uso de dados e maior investimento em soluções de tecnologia, como métodos de construção modernos, melhoram a eficiência e ajudam a alcançar o compromisso de emissões zero de gases de efeito estufa.

Nessa linha, considera que a capacidade de adaptação será “vital no clima de incerteza e inflação que se avizinha”. “Embora as condições de mercado pareçam desfavoráveis, acreditamos que esses desafios oferecem ao nosso setor, mais do que nunca, uma grande oportunidade de impulsionar a inovação e consolidar a mentalidade de fazer mais com menos, reduzindo o nosso próprio impacto no uso de recursos e no meio ambiente”.

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