Obra cinematográfica mergulha no mundo da arquitetura, numa narrativa envolvente sobre o arquiteto fictício László Tóth.
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Adrien Brody, recebeu o Óscar de Melhor Ator Getty images

Adrien Brody voltou a brilhar nos Óscares, conquistando a estatueta de Melhor Ator pelo seu desempenho em ‘The Brutalist’ ("O Brutalista"), 22 anos depois da sua vitória com 'O Pianista'. O filme, que mergulha no mundo da arquitetura e do poder, traz uma narrativa envolvente sobre o arquiteto fictício László Tóth, um criador talentoso e resiliente, formado na Bauhaus, cuja vida muda drasticamente ao emigrar da Europa para os EUA no pós-guerra.

Segundo a Revista AD, ‘The Brutalist’ distingue-se como uma das poucas obras cinematográficas a abordar a arquitetura de forma central, explorando a estética do brutalismo através da história do protagonista. A viagem de László Tóth torna-se ainda mais intensa quando conhece o multimilionário Harrison Lee Van Buren, interpretado por Guy Pearce, um encontro que altera o rumo da sua carreira e da sua vida pessoal.

Apesar do realismo da narrativa, o realizador confirmou à publicação espanhola que a história de ‘The Brutalist’ é fictícia. No entanto, o arquiteto László Tóth foi inspirado em três figuras incontornáveis do século XX: Marcel Breuer, Louis Kahn e Paul Rudolph. Esta fusão de personalidades reais com um enredo ficcional permitiu criar um protagonista credível e historicamente relevante.

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Adrien Brody, Sylvia Plachy, Elliot Brody e Georgina Chapman Getty images

Para garantir autenticidade, o realizador consultou o historiador de arquitetura Jean-Louis Cohen, especialista em design e construção no período da Segunda Guerra Mundial. A sua obra ‘Architecture in Uniform: Designing and Building for the Second World War’ serviu de referência fundamental para a construção da narrativa e da estética do filme. “O personagem foi escrito e concebido de forma magistral. Senti-me imediatamente dentro da sua pele”, declarou Adrien Brody à imprensa.

O Brutalista
Brody e Corbet, ator e diretor, durante a estreia Getty images

Para recriar os edifícios concebidos pelo protagonista, ‘The Brutalist’ recorreu a Inteligência Artificial. Na sequência final do filme, onde se apresenta uma retrospetiva da carreira de László Tóth na Bienal de Veneza, algumas das construções exibidas foram geradas por IA. Os desenhos foram posteriormente trabalhados por um artista, garantindo um equilíbrio entre inovação tecnológica e expressão artística tradicional.

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