António Mota vai deixar a administração da Mota-Engil

António Mota vai deixar o cargo de vice-presidente do conselho de administração da construtora Mota-Engil. A renúncia ao cargo foi apresentada pelo próprio empresário, antes do final do mandato, que terminava em 2026. A decisão já foi comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e vai ser discutida e deliberada na assembleia geral anual da Mota-Engil que se realiza a 15 de maio.

Um dos pontos que vão ser discutido e deliberados na assembleia geral de acionistas da Mota-Engil a realizar dia 15 de maio de 2025 é mesmo a renúncia ao cargo de António Mota à vice-presidência do conselho de administração da construtora, assim de como de outros quatro vogais do mesmo conselho de administração, Ana Paula Chaves e Sá Ribeiro, Vai Tac Leong, Feng Tian e João Pedro dos Santos Dinis Parreira, lê-se na convocatória.

No mesmo documento, o conselho de administração propõe aos acionistas, “que se aceitem as renúncias do vice-presidente do conselho de administração, Eng.º António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota e, bem assim, dos vogais do mesmo conselho de administração (…), todas elas apresentadas por cartas dirigidas ao presidente do conselho de administração da sociedade e datadas de 22 de abril de 2025”.

Em sentido contrário, também vai ser discutida a entrada do chinês Li Guangming para o conselho de administração da Mota-Engil até 2026, que no final de 2024 era diretor-geral do departamento financeiro da China Communications Construction Company (CCCC) Malaysia East Coast Railway Project.

Com a saída destes cinco membros e a entrada de um, a administração da construtura portuguesa fica reduzida, passando de 19 para 15 pessoas. O presidente do grupo continuará a ser Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos, sobrinho de António Mota, que assumiu o cargo em 2023. E a vice-presidência continuará a ser assumida por Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins e Jingchun Wang.

A saída de António Mota da administração da Mota-Engil faz parte da estratégia de transição geracional da construtora portuguesa iniciada há cerca de dois anos. Recorde-se que António Mota, licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, presidiu a administração do grupo durante cerca de 28 anos (entre 1995 e 2023), tendo trabalhado na empresa anos antes da fusão dos grupos Mota e Engil em 2000.