
Até final de setembro, os CTT tinham provisões de vários milhões de euros para resolver contratos em três edifícios que a empresa – em processo de privatização – libertou quando se mudou para a atual sede no Parque das Nações, Lisboa. Tendo por base a Oferta Pública de Venda (OPV), a empresa corre alguns riscos, já que não chegou a acordo com alguns senhorios. “Em consequência, no exercício findo a 31 de dezembro de 2012 e nos nove meses findos em 30 de setembro de 2013, os CTT tinham provisionado 13,2 milhões e 11,9 milhões de euros”. lê-se no prospeto que detalha a OPV.
Segundo o documento, a que o Jornal de Negócios teve acesso, “na sequência da mudança” dos CTT “para o Edifício Báltico em Lisboa (sede da empresa), em novembro de 2010”, a empresa libertou “um conjunto de quatro imóveis com contratos de arrendamento de longo prazo”. “Estes contratos não foram resolvidos e, em consequência, os edifícios estão atualmente devolutos, embora estejam no mercado para subarrendar”.
Os CTT esperam, no entanto, conseguir resolver esta questão, até porque já chegaram a acordo com o proprietário de um dos edifícios. “Em 2011, os CTT resolveram um destes contratos de arrendamento, pagando ao proprietário uma indemnização”, refere a companhia, salientando que em 2011 e 2012 a empresa constituiu provisões “no montante equivalente à totalidade das rendas vincendas dos demais imóveis arrendados, no pressuposto de que estes contratos poderiam ser resolvidos em termos e condições semelhantes àquelas negociadas para o supra referido primeiro imóvel”.
De referir que o caso já tratado, o edifício localizado na Praça D. Luís, “foi alvo de uma negociação entre o proprietário e os CTT para o términus antecipado do contrato de arrendamento, tendo os CTT acordado pagar para tal 50% das rendas vincendas descontadas”, lê-se no prospeto.
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