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A construtora Somague, que está em litígio com o Estado devido à paragem das obras do Túnel do Marão, quer regressar à construção do mesmo. Após ter sido anunciada a intenção política de retomar a obra, a Estradas de Portugal lançou, no este mês, quatro concursos públicos para a completar. Agora, e apesar da decisão ainda não estar formalizada, a Somague prepara-se para reentrar na corrida à empreitada. 

Segundo a TSF, a Somague está a equacionar candidatar-se aos concursos públicos para completar a autoestrada e o Túnel do Marão, uma obra que está parada desde junho de 2011 – foi a primeira concessão rodoviária resgatada pelo Estado em mais de um século, e o caso está a provocar uma batalha jurídica entre o Estado e os privados. 

A publicação adiantou que apesar de não haver uma proposta formal a intenção da construtora já é do conhecimento do Governo, o que terá gerado algum desconforto. Confirmando-se a situação, e se a Somague vencesse o concurso, o Estado pode ver-se forçado a negociar um novo contrato de concessão para a mesma obra e com a mesma concessionária a quem resgatou a concessão, a quem retirou a obra. Ou seja, o Estado negociaria um contrato com uma empresa com quem mantém um litígio em tribunal arbitral.

De referir que esta autoestrada, que inclui o maior túnel rodoviário da Península Ibérica, tinha um custo inicial estimado de 350 milhões de euros. Chegou a dar emprego a 1.400 trabalhadores, envolvendo cerca de 90 pequenas empresas.

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