
Após o fiasco da primeira fase do concurso para concessionar 14 Pousadas da Juventude - que apesar de 100 interessados, teve apenas duas ofertas vencedoras -, o Governo mantém o interesse em entregar a privados a gestão das restantes 12 unidades. Para isso, o Executivo lançou um novo concurso público, cujo prazo para a apresentação de propostas termina no final deste mês, e está também em conversações diretas com várias autarquias para outras Pousadas.
“Globalmente, os requisitos de ordem programática, técnica e financeira são os mesmos (do primeiro concurso que terminou em junho). As alterações são pontuais.”, adianta o presidente da direção da Movijovem, Ricardo Araújo, ao Público.
A entidade pública gere, atualmente, a rede nacional composta por 40 pousadas e é detida em 80% pelo Instituto Português da Juventude e em 20% pela Associação de Utentes das Pousadas da Juventude.
A entrada de privados na gestão é um objectivo do Governo, que tem como meta concessionar um total de 25 unidades este ano. Além dos concursos públicos, a Movijovem, segundo conta o jornal, está em conversações diretas com as câmaras municipais de Setúbal, Oeiras, Vila Real e Braga para que passem a administrar outras quatro pousadas.
O Inatel vai gerir a pousada de São Pedro do Sul, enquanto a Observar o Futuro ganhou a concessão da de Aljezur. Estas são as primeiras entidades privadas a serem selecionadas para gerir duas das Pousadas da Juventude incluídas numa lista de 14.
Das 40 unidades a funcionar em Portugal, 31 dão prejuízo, apresentam baixas taxas de ocupação e, algumas, precisam de obras urgentes, relata ainda o diário.
Com um passivo de 9,7 milhões de euros, o Público diz que as Pousadas de Portugal passaram de prejuízos de mais de 1,7 milhões de euros em 2008, para lucros de 200,9 mil euros em 2014 devido a um profundo corte na despesa, sobretudo com trabalhadores. Os gastos com pessoal desceram de 5,7 milhões (2009) para 3,9 milhões de euros em 2014.
Para poder comentar deves entrar na tua conta