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Câmara de Gaia condenada a pagar 13,9 milhões de euros por guerra de terrenos
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Há 13 anos, o antigo presidente da Câmara Municipal de Gaia, Luís Filipe Menezes, assinou um acordo para a cedência de terrenos na Avenida D. João II, para a construção da Ponte do Infante. Mas isso nunca aconteceu e agora a autarquia do Norte foi condenada a pagar 13,9 milhões de euros aos proprietários.

Os proprietários das parcelas cedidas para a construção da VL9, via viária que liga o centro de Vila Nova de Gaia à Ponte do Infante, exigiam uma indemnização de 33 milhões de euros, tendo o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto fixado uma compensação de menos de metade da verba reclamada - 9 milhões de indemnização, acrescida de 977,8 mil euros de correção monetária e 3,18 milhões de juros de mora, segundo conta o Expresso.

Autarquia em risco de pagar mais 10 milhões de euros

Além dos quase 14 milhões de euros, a Câmara de Gaia é obrigada a conceder o direito de urbanização nas parcelas sobrantes à sociedade detentora dos terrenos, José Miguel & Irmão, sob pena de ter de pagar mais 10 milhões de euros, cenário afastado pelo autarca socialista.

No acordo firmado em 2002, ainda de acordo com o Expresso, o executivo liderado pelo ex-autarca de Gaia comprometeu-se a infraestruturar os terrenos sobrantes da edificação da ponte no prazo de 30 meses e atribuir 110 mil metros quadrados de construção à sociedade proprietária, o que nunca viria a acontecer e ditou o recurso aos tribunais.

Sem citar Menezes, o atual presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, não deixa de criticar a gestão do seu antecessor ao aludir à “utilização de subterfúgios de gestão financeira sob a forma de judicialização dos incumprimentos de contratos”. “É uma prática que obliterou a transparência de gestão da coisa pública, exigível a todos os organismos da Administração Pública.”, diz em comunicado citado pelo jornal.

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