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Century 21: “As famílias e os investidores portugueses são o motor do mercado”
idealista/news

“O imobiliário, desde que seja uma decisão de médio/longo prazo, é sempre uma boa opção de investimento”, diz o administrador da Century 21 Portugal ao idealista/news. Segundo Ricardo Sousa, 2016 está a ser um bom ano para a mediadora, que teve no final do terceiro trimestre um crescimento de 36% face ao período homólogo. “Com a dinâmica que estamos a ter este ano a nossa expetativa é fechar acima dos 30% de crescimento”, revela.

Como está a correr o negócio da Century 21 este ano?
Com dados até final do mês de setembro vamos com um crescimento de 36% a nível nacional. Destacamos um maior crescimento nas ilhas, onde seja pela nossa penetração do mercado seja pela recuperação do mercado, duplicámos o volume de negócios e de procura, tanto nos Açores como na Madeira. No caso das ilhas esperávamos uma recuperação, mas não a este nível.

A cidade de Lisboa é a segunda região com maior crescimento: estamos a crescer cerca de 52% face ao período homólogo. Seguem-se a margem sul e a região norte, que lideram o top de crescimento e estão acima daquilo que é a média nacional de 36%. Nos mercados mais periféricos, como as regiões centro e interior, temos um crescimento de cerca de 29% face ao ano passado.

A nível de volume de negócio já estamos a alcançar os 20 milhões de euros de faturação e a nível de transações o crescimento está na mesma linha. 

A nível de volume de negócio já estamos a alcançar os 20 milhões de euros de faturação

Quais as expetativas até final do ano?
A expetativa para este trimestre é bastante elevada, porque o último trimestre do ano é o mais forte. No ano passado foi onde registámos o maior crescimento, e estamos aqui a competir e a comparar com um trimestre muito forte. Contudo, com a dinâmica que estamos a ter este ano a nossa expetativa é fechar acima dos 30% de crescimento.

E para 2017, o que se pode esperar?
Assistimos a uma estabilidade desta tendência. Não conseguimos antecipar nenhuma alteração brusca da tendência que existe, conseguimos antecipar uma continuação, sobretudo no primeiro semestre, do ritmo do crescimento do número de transações.

Continuamos a acreditar que a nível de preços fora da cidade de Lisboa e do centro histórico do Porto e de Lisboa são bastantes estáveis, e não se prevê grandes alterações. Nos centros históricos das duas cidades, esperamos que continue a haver uma pressão dos preços, muito como consequência da procura internacional, tanto de franceses como de cidadãos de outras nacionalidades, que começam a investir forte, nomeadamente do Brasil. É uma das nacionalidades que mais impacto começa a ter no nosso volume de negócios, o que provoca uma pressão grande nos preços. 

Qual é o peso do mercado internacional no negócio?
Crescemos cerca de 9% face ao mesmo período do ano passado, contudo o peso relativo diminuiu, ou seja, são as famílias e os investidores portugueses que estão a prevalecer no mercado e que são o verdadeiro motor do mercado imobiliário.

No que diz respeito ao peso do mercado internacional, crescemos cerca de 9% face ao mesmo período do ano passado, contudo o peso relativo diminuiu

As medidas fiscais anunciadas pelo Governo estão a causar instabilidade no setor?
Temos de estar atentos, sobretudo ao que vai ser definido para o próximo ano, quais são as regras do jogo. E com base nessas decisões vamos definir as políticas para ajustar. Contudo não antecipamos grandes impactos, o que cria maior instabilidade é a indefinição, a que tivemos nas últimas semanas. Mas uma vez definido acreditamos que o impacto será absorvido, mas obviamente que terá influência por um lado no valor dos imóveis e claramente será penalizado o mercado de arrendamento. 

Que conselhos dá a quem está a pensar investir no setor?
O fundamental é ter um bom aconselhamento. A mediação imobiliária tem ganho prioridade e fazer um investimento sem estar devidamente assessorado é um erro. Daí a mediação ter ganho esta preferência dos portugueses na hora de investir. Esse é o principal conselho. Depois há que selecionar um agente de confiança, um agente especializado na zona onde se pretende investir, um agente especializado no segmento de mercado pretendido. 

Esta é uma boa altura para comprar casa?
O mercado imobiliário, desde que seja uma decisão de médio/longo prazo, é sempre uma boa opção de investimento. Mais, tendo em conta as alternativas de investimento nos mercados financeiros, o sistema e o mercado imobiliário é sem dúvida a melhor opção.

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