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Century 21 vendeu mais de 8.000 casas em 2016 e viu faturação crescer 36%
Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal. idealista/news

Mais uma das principais operadoras do mercado imobiliário nacional vem confirmar o tão falado dinamismo do momento, com os bons resultados da empresa em 2016. Para a Century 21 Portugal, o ano passado foi “de forte crescimento”, com uma faturação superior a 25 milhões de euros, num aumento de 36% face aos 20 milhões de 2015. Entre janeiro e dezembro do ano passado, a mediadora realizou mais de 8.000 transações de imóveis, mais 11% que no período homólogo – tinha vendido 7.250 casas em 2015. Em entrevista ao idealista/news, Ricardo Sousa, administrador da empresa, prevê que o cenário de crescimento se mantenha em 2017.

“Vamos continuar a assistir ao aumento do crédito à habitação, que irá sustentar o incremento das transações no segmento dos clientes nacionais. Estimamos, igualmente, que a procura internacional permaneça em níveis elevados”, antecipa o responsável.

Century 21 vendeu mais de 8.000 casas em 2016 e viu faturação crescer 36%
Century 21 Portugal

Segundo a rede imobiliária, os negócios mediados em 2016 cresceram 26%, para os 593 milhões de euros, enquanto o valor médio de venda dos imóveis foi de 148.000 euros, mais 14% que os 130.000 euros verificados em 2015. De referir que as casas mais procuradas pelos interessados continuam a ser as tipologias T2 e T3.

Estrangeiros animam mercado

Os estrangeiros continuam a mostrar muito interesse no mercado imobiliário nacional: cerca de 24% das vendas foram feitas no ano passado a cidadãos não portugueses, mais 6% que em 2015 (aumentaram de 1.819 para 1.923). “Os principais mercados do segmento internacional são França, Brasil, Bélgica e Reino Unido. As zonas mais procuradas pelos clientes internacionais, em 2016, foram Lisboa, Cascais, Porto, Algarve e a Costa de Prata”, explica a mediadora, que tem 90 lojas em todo o país.

E será que os investidores internacionais vão continuar a animar o mercado imobiliário em Portugal? Ricardo Sousa não tem dúvidas: “Portugal está a tornar-se um destino cada vez mais popular e esta é uma consequência direta dos sucessivos recordes de turistas. Existe uma conjugação de fatores que torna muito apelativo o investimento imobiliário no país".

O gestor explica que, "por um lado, o enquadramento geopolítico, a estabilidade, segurança, as modernas infraestruturas, o clima e a herança histórica, cultural e natural do país tornam-se fatores de grande atratividade para os clientes internacionais". "Por outro lado, os incentivos fiscais já criados, a par do valor do m2 no mercado imobiliário português, quando comparado com outros destinos, são aspetos muito competitivos, que permitem assegurar uma evolução positiva do número de  transações internacionais”, frisou.

Arrendamento em queda

No que diz respeito ao mercado de arrendamento, “registou uma forte quebra de 21%, para cerca de 3.500 transações, em comparação com as 4.233 realizadas em 2015”, refere a Century 21. Por outro lado, o valor médio do arrendamento aumentou 22% e situa-se agora nos 670 euros – era de 550 euros em 2015.

"Deverá haver uma aposta, por parte dos operadores, na construção de carteiras de imóveis para arrendamento"
Ricardo Sousa

Com o intuito de animar o mercado de arrendamento, o CEO da Century 21 em Portugal e Espanha adianta que este “necessita, objetivamente, de maior oferta com valores ajustadas à procura atual, que é determinada pelas reais capacidades financeiras das famílias portuguesas”. “Deverá haver uma aposta, por parte dos operadores, na construção de carteiras de imóveis para arrendamento, com dimensão relevante e cobertura nacional, que permita atingir níveis atrativos de rentabilidade, com rendas baixas. É, sobretudo, uma questão de mudança do paradigma, para criar economias de escala no mercado de arrendamento”, conclui.

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