Empresa do grupo Vista Alegre apresentou queixa-crime que está no "Ministério Público para efeitos de apreciação e decisão”.
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Bordallo Pinheiro luta na justiça contra as cópias falsas da marca
Peças Bordallo Pinheiro da coleção Cloudy Butterflies, de Claudia Schiffer. Visabeira

A Bordallo Pinheiro virou moda nos últimos anos. E vive agora as "dores" desse fenómeno, com concorrentes desleais a copiarem as suas peças e a venderem-nas a preços mais baratos, fora dos canais oficiais. Cobiçada por muitos, a marca secular atualmente detida pelo Grupo Vista Alegre diz que começou a ser alvo de contrafação, que alega gerar avultados prejuizos anualmente e coloca em causa a própria sustentabilidade da fábrica. Para tentar acabar com este mercado paralelo, decidiu avançar para a justiça.

Desde as fábricas produtoras até aos retalhistas, passando pelos importadores e distribuidores, a cadeia de valor já foi identificada, segundo noticiou o Público, dando nota de que são dezenas de empresas a produzir cópias e peças muito confundíveis com as da Bordallo Pinheiro, criada em 1884 e atualmente conhecida como Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro.

De produtores a lojas - marca identificou cadeia de contrafação e Ministério Público está a analisar

No dossiê que preparou para sustentar a sua queixa, e ao qual o jornal diz ter tido acesso, a Bordallo Pinheiro identifica – com nomes, moradas e fotos – várias empresas envolvidas no processo de contrafação e que vão desde as fábricas produtoras (há referências a unidades das Caldas da Rainha, Aveiro, Óbidos) às lojas que comercializam as peças (neste caso, a lista é extensa e abrange praticamente todo o país).

Bordallo Pinheiro luta na justiça contra as cópias falsas da marca
Bordallo Pinheiro

Também há referências a alguns importadores – as averiguações da administração da Bordallo Pinheiro apontam a existência de cópias vindas da China – e distribuidores.

Foi em dezembro de 2019 que a Bordallo Pinheiro decidiu dar a primeira nota da apropriação das suas criações junto da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e, no início de janeiro de 2020, avançou com uma queixa-crime. Depois disso, foram apresentados, junto da ASAE, “requerimentos que complementam a queixa-crime e que trouxeram novos factos para o processo, datados de fevereiro, maio e junho 2021”, conta o diário, citando fonte da administração da empresa.

Aos Público, a ASAE confirmou ter recebido uma queixa-crime por parte da Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, “a qual foi comunicada ao Ministério Público para efeitos de apreciação e decisão”.

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