Focar a sustentabilidade e otimizar a dívida são dois eixos da estratégia do grupo entre 2022 e 2026.
Comentários: 0
Mota-Engil apresenta estratégia até 2026
Mota-Engil

A Mota-Engil já fez saber qual é o seu plano estratégico para o horizonte de 2022 e 2026, no qual ambiciona “entregar valor a todos os ‘stakeholders’ de forma sustentável” e, em paralelo, conseguir melhorar o seu balanço. As previsões da construtora apontam mesmo para um crescimento do volume de negócios neste período, alcançando os 3.810 milhões de euros em 2026. Este valor é 56,8% superior ao registado em 2020.

E este não é o único resultado financeiro que pretende melhorar. A par deste está o aumento do resultado líquido – que em 2020 foi negativo – para 105 milhões de euros em 2026. E também do CAPEX que deverá aumentar 53% para 260 milhões de euros. Por outro lado, o grupo pretedente aumentar a autonomia financeira em 11 pontos percentuais ainda diminuir a dívida líquida -1.4x entre 2020 e 2026, mostra o documento divulgado na esta segunda-feira, dia 8 de novembro de 2021, na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Mas como é que a Mota-Engil vai conseguir atingir estes objetivos? Olhando com atenção para as oportunidades de negócio que têm surgido no mundo – como as alterações climáticas, o crescimento populacional e os planos de recuperação económica – e tendo como “forças motrizes” dois acionistas: a Família Mota e a China Communications Construction Company (CCCC), que este ano passou a deter 32% da empresa.

Mota-Egil quer reduzir dívida
Foto de Mikael Blomkvist en Pexels

Os 5 eixos estratégicos da Mota-Engil

A construtora desenhou um conjunto de cinco eixos estratégicos “para alcançar uma performance superior e reforçar o portfolio de negócios”, lê-se no documento intitulado "Building 26 – For a Sustainable Future" do grupo liderado por Gonçalo Moura Martins.

Um dos pilares definidos passa por ter “maior foco na rentabilidade de engenharia e construção”, referem. E como é que isto se consegue? Tendo uma maior concentração de recursos nos mercados core (maior escala) para atingir níveis de rentabilidade mais elevados. Monitorizando os mercados com interesse estratégico e ainda aumentando o seletividade e condicionamento de mercados e projetos urbanísticos.

Mota-Engil vai apostar na eficiência
Foto de Josh Sorenson en Pexels

Colocar em marcha o programa de eficiência ao nível do Grupo é outro vetor estratégico. Isto passa por reduzir os custos operacionais, continuar a otimizar o capital circundante para aumentar a geração de ‘cash’ e por manter um CAPEX consistente com o crescimento e alocação de capital.

O caminho até 2026 será com um novo rumo: a direção aponta para a sustentabilidade e inovação. Isto quer dizer que a Mota-Engil vai fazer da sustentabilidade uma “prioridade máxima, comprometendo-nos com os targets dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável  e aumentando a visibilidade dos esforços”, lê-se no documento. Para isso, o grupo compromete-se a “aumentar os fundos dedicados à inovação”, destinando 25 milhões de euros para novos projetos ‘greenfield’ nos próximos cinco anos. E promete ainda utilizar novas fontes de financiamento de inovação, tais como parceiros e fundos europeus.

Mota-Engil reforça sustentabilidade
Foto de Pixabay en Pexels
O quinto e último eixo estratégico prende-se com a otimização e diversificação da dívida. O objetivo da Mota-Engil passa mesmo por reduzir a alavancagem melhorando os rácios de endividamento (dívida líquida/EBITDA), otimizar a maturidade e o custo da dívida, e diversificar as fontes de financiamento, diminuindo a dependência das atuais fontes.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta

Publicidade