Cerca de 50% dos portugueses vive em condomínios com mais de 20 ou 30 anos, que precisam de obras de manutenção e conservação.
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Apoios aos condomínios
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Os prazos para usufruir dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) são curtos, já que os projetos devem estar concluídos até 2026. E é por isso que a Associação Portuguesa das Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC) defende que é preciso criar uma “via verde” de apoio aos condomínios, de forma a acelerar os pedidos de manutenção e conservação dos edifícios.

A urgência na criação desta “via verde” surge pelo facto de cerca de 50% da população portuguesa viver em condomínio e em edifícios que, na sua maioria, têm mais de 20 ou 30 anos, necessitando, por isso, de obras de manutenção e conservação. Isto implica a obtenção de licenças, incluindo de ocupação da via pública, afirmou a APEGAC na passada quinta-feira em reunião com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

De notar que o aviso do Fundo Ambiental para obras de manutenção em condomínios, com recurso aos fundos do PRR, terá prazos curtos para apresentação das candidaturas. E é por isso que é importante tomar medidas para tornar “este atendimento menos burocrático e mais célere”, explicam em comunicado enviado às redações.

“Os administradores de condomínio, especialmente os profissionais, são um ótimo parceiro dos municípios, no seu propósito de manter o parque habitacional em boas condições de habitabilidade. Contudo, os prazos de emissão das licenças de obras e ocupação das vias públicas e o respetivo custo, são um obstáculo para a realização das obras, quando estas deveriam ser incentivadas pelos municípios”, sublinha Vítor Amaral, presidente da APEGAC.

Obras nos condomínios com apoio do PRR
Vítor Amaral, presidente da APEGAC APEGAC

Uniformizar inspeções nos elevadores e mais informação para os condóminos

Além disso, a APEGAC também chamou a atenção dos municípios para a necessidade de uniformizar o valor da taxa das inspeções dos elevadores nos concelhos, porque hoje é muito díspar, podendo ir dos 35 euros até mais de 200 euros, sendo que “o serviço é rigorosamente o mesmo”.

E foi ainda sugerida uma parceria entre a ANMP e a APEGAC na elaboração de um documento informativo para condóminos, a ser distribuído em todos os municípios, de forma a sensibilizar para as principais regras da vida em condomínio. Isto porque são muitos os portugueses a viver em condomínios e “muitos deles desconhecem os seus direitos e obrigações enquanto condóminos”, concluem.

Gestão de condomínio
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