
A Mota-Engil continua com os seus investimentos imobiliários além-fronteiras – e não só. O grupo português concluiu a aquisição dos 50% que não detinha na sua participada brasileira, a Empresa Construtora Brasil (ECB). E anunciou novos contratos com a Petrobras por cerca de 490 milhões de euros.
Carlos Mota Santos, ‘chairman’ e presidente executivo (CEO) do grupo Mota-Engil, em declarações enviadas à Lusa, confirmou que “foi concretizada esta semana a aquisição dos restantes 50% na Empresa Construtora Brasil (ECB), sediada em Belo Horizonte e especializada em infraestruturas”. O valor da operação não foi divulgado.
Segundo o gestor, “a transação agora concretizada resulta num reforço de investimento no Brasil após a entrada da Mota-Engil no capital da ECB no final de 2012, e que culminou num inequívoco crescimento da empresa durante este período, com expansão no território brasileiro bem como na integração de inovação e diversificação das suas atividades, sobretudo para o segmento de Oil & Gas” no qual o grupo pretende continuar a aprofundar a sua atividade de futuro.
“Neste novo ciclo procuraremos continuar a afirmar a ECB entre as melhores empresas brasileiras de engenharia, elevando-a ao patamar do potencial do mercado em que muito acreditamos para futuro”, disse, destacando “planos de investimento público ambiciosos e transformadores”, os quais, defende, “serão determinantes para o desenvolvimento da economia brasileira".

Construtora portuguesa assina 2 novos contratos com a Petrobras
Através da Empresa Construtora do Brasil, a Mota-Engil também celebrou recentemente dois contratos com a Petrobras, por cerca de 490 milhões de euros.
Um deles, anunciado esta quinta-feira (dia 29 de maio), tem o valor de cerca de 240 milhões de euros para recolha offshore, transporte e desmantelamento de resíduos de linhas e componentes submarinos. Este novo contrato terá a duração 60 meses, dando continuidade e reforçando a carteira de encomendas no Brasil, a qual ascende já a cerca de 900 milhões de euros, referiu em comunicado.
A empresa adianta que este contrato, celebrado através da sua participada Empresa Construtora do Brasil, tem por objeto “a execução de serviços de engenharia, de preparação, de recuperação e de remoção final, nomeadamente, a recolha offshore, o transporte, o desmantelamento e a recolha de resíduos de cerca de 420 km de linhas flexíveis (dutos, umbilicais hidráulicos, cabos elétricos e afins), bem como de componentes/equipamentos submarinos, nos campos de petróleo offshore de Marlim, Marlim Sul e Marlim Leste”. Em causa estão componentes e equipamentos situados em profundidades compreendidas entre os 700 e os 2.000 metros.
O outro contrato celebrado pela construtora portuguesa com a brasileira Petrobras - também por via da Empresa Construtora do Brasil - diz respeito à prestação de serviços de manutenção, construção e montagem em plataformas de petróleo ‘offshore’, por cerca de 250 milhões de euros, revelou numa nota divulgada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Este contrato terá a duração estimada de 48 meses.
A empreitada inclui, destacou, “a instalação de tubulação, a fabricação e instalação de estruturas metálicas, a caldeiraria (abertura e encerramento de vasos, filtros, tanques, torres, trocadores de calor), a montagem de andaimes, a pintura, a manutenção elétrica/de instrumentação e a automação”.
A empresa destacou que, com este contrato, “reforça significativamente a sua carteira de encomendas no Brasil, junto de um dos mais importantes clientes do setor de ‘Oil&Gas’ [petróleo e gás], para o qual tem prestado diversos serviços nos últimos anos”, num mercado onde o grupo pretende reforçar ainda mais a sua presença, rematou.
*Com Lusa
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