A área de escritórios novos disponíveis para arrendar em Lisboa está a descer bastante, o que está a preocupar as consultoras imobiliárias. Atualmente só existem 30.000 m2 de espaços novos no mercado, quando em 2013 havia cerca de 90.000 m2, revelou o diretor-geral da Aguirre Newman, Paulo Silva.
Segundo o Dinheiro Vivo, a maior parte dos espaços arrendados em 2014 e no inicio deste ano foram precisamente em edifícios novos e não nos mais antigos, cuja área desocupada continua elevada, embora seja inferior à verificada em 2013. “Nesse ano tínhamos 595.000 m2 de espaços de escritórios livres em Lisboa, dos quais 90.000 eram novos e 505.000 antigos. Agora temos 30.000 m2 de espaços novos para arrendar e 501.000 m2 dos antigos. Isto acontece porque estes escritórios mais antigos não têm um nível de qualidade adequado e alguns estão mesmo a precisar de reabilitação”, adiantou o responsável.
O problema é que existe pouca reabilitação e, principalmente, pouca construção nova, e o que está a ser feito já tem inquilinos definidos, como por exemplo a nova sede da EDP na Avenida 24 de Julho. “Não vemos grandes promoções em Lisboa nos próximos tempos”, disse Paulo Silva.
Ao todo, para este ano e 2016, estão em construção 32.161 m2 distribuídos por quatro prédios, dos quais dois são novos e dois são reabilitações.
Tratar-se de uma situação preocupante e que é partilhada por outros consultores imobiliários, como por exemplo Francisco Horta e Costa, da CBRE, que já tinha expressou a mesma opinião no início do ano. “Nos próximos dois anos, as empresas vão ter dificuldades em arranjar escritórios”, frisou.
No caso do Parque das Nações, e acordo com um estudo da Aguirre Newman, há cada vez menos escritórios livres para arrendar. Há apenas 22,4.000 m2 no total de 536,5.000 m2 de espaços desocupados, ou seja, a percentagem de disponibilidade é de 6,24%, a mais baixa de toda a cidade.
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