Há uma grande escassez de oferta de espaços de escritórios de qualidade no Grande Porto, sendo que apenas 10% da oferta está em linha com os requisitos básicos que são exigidos pela maioria dos ocupantes. Esta é uma das conclusões a retirar do estudo “Mercado de Escritórios do Porto”, realizado pela consultora imobiliária Cushman & Wakefield e pela Predibisa.
Segundo o documento, é no concelho do Porto que se concentra a maioria da oferta de escritórios na região, com um total de stock existente a rondar os 800.000 m2, repartidos por mais de 200 edifícios (55% do total). A Boavista é zona que concentra a maioria da oferta, tendo edifícios com maior qualidade.
“No Grande Porto, a oferta total de escritórios, que reúne os edifícios exclusivos existentes nos concelhos do Porto, Maia, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, aproxima-se de 1,5 milhões de m2 de Área Bruta Locável (ABL), distribuídos por mais de 400 projetos. Gaia é o concelho que apresenta maior oferta, somando mais de 240.000 m2, distribuídos por 70 projetos, com a Maia e Matosinhos a representar respetivamente 14,5% e 14% da oferta”, lê-se no documento.
O estudo incide ainda sobre uma amostra usada para estudar os níveis de desocupação no concelho do Porto, que representa 69% da área total em oferta. Conclui-se ainda que a taxa de desocupação global na cidade é de 14%, concentrado-se sobretudo nas zonas Oriental e da Baixa.
No que diz respeito ao valor das rendas, os valores mais elevados são praticados na zona mais emblemática da cidade, a Boavista, o Central Business District (CBD) – a renda média varia entre os 12 e os 14 euros por m2 por mês. Já na Zona Empresarial do Porto (ZEP) os valores oscilam entre 10 e 12 euros por m2 por mês enquanto na Baixa variam entre 8 e 11 euros por m2 por mês.
Outra das conclusões a retirar do estudo é a de que “o caminho da reabilitação o mais evidente” na cidade e que “o mercado de escritórios do Grande Porto poderá vir a ser mais profissionalizado, com um maior grau de transparência e liquidez, passando a contar com um perfil para atrair mais investimento institucional”.
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