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Mercado de escritórios em Lisboa abranda devido à falta de espaços
Photo by Georgie Cobbs on Unsplash

O mercado de escritórios em Lisboa vive tempos difíceis. A falta de produto está a condicionar o crescimento da atividade, que está a “caminhar” a um ritmo mais lento este ano. Em termos acumulados (janeiro a abril de 2019), o negócio superou os 52.666 metros quadrados (m2), num total de 55 operações, menos 14% que no período homólogo, segundo o mais recente Office Flashpoint da consultora JLL.

Relativamente ao desempenho mensal do mercado, o relatório refere que, em abril de 2019, o “take-up” de escritórios em Lisboa ascendeu a 10.887 m2, num total de 12 operações e uma área média de 907 m2. De acordo com os dados da JLL, 64% da área ocupada pelas empresas em abril foi gerada pela expansão de área ou pela entrada de novas empresas em Lisboa, como foi o caso da ocupação de 3.928 m2 no edifício EUA43 pela Conectys, considerada “a maior operação do mês”.

Já os restantes 38% de m2 ocupados dizem respeito à mudança de edifício, de que são exemplo outras duas operações com a dimensão mais expressiva, como a tomada de 1.140 m2 no edifício 5 de Outubro 124 pela PKF e de 1.134 m2 pela EGEAC no edifício Duarte Pacheco 26. Em termos geográficos, a zona 7 (Outras Zonas) foi a mais dinâmica (36% do “take-up”), devido à operação da Conectys, embora apenas ligeiramente acima da zona 6 (Corredor Oeste), com um peso de 35%. Destaca-se ainda a zona 2 (CBD), com 25% da ocupação mensal. Na comparação com o mês anterior, abril apresentou, contudo, um decréscimo de 60%, recuando igualmente face ao mês homólogo (-48%).

Mercado crescer a um ritmo lento

Em termos acumulados, entre abril e janeiro, o desempenho do mercado foi menos dinâmico, tendo sido ocupados 52.666 m2, num total de 55 operações, uma diminuição de 14% face aos primeiros quatro meses de 2018.

“O arranque do ano tem-se verificado mais lento do que o ano anterior, maioritariamente devido à falta de produto disponível no mercado”, comenta Mariana Rosa, Diretora de Office / Logistics Agency and Transaction Manager da JLL. Segundo a responsável, é “expectável” que a atividade cresça conforme apareçam novos espaços durante o ano, “ao longo do qual está planeada a conclusão de 78.000 m2 de escritórios”.

Recentemente, Eric Ven Leuven, da Cushman & Wakefield Portugal (CW), avançou um "cenário dramático” para os próximos três ou quatro anos no mercado de escritórios, com os preços a continuarem a subir face à escassez de espaços para as empresas se instalarem. Para o responsável desta consultora "não há quase oferta nova” no país.

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