Os Flexspaces estão a transformar o mercado de escritórios nas grandes cidades, com um crescimento significativo nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. De acordo com um novo estudo da consultora B. Prime, este segmento já representa cerca de 250 mil metros quadrados (m2) de área ocupada, acolhendo diariamente cerca de 31 mil trabalhadores.
Lisboa concentra a maior fatia deste mercado, com 205 mil m2 e cerca de 25.200 utilizadores, enquanto o Porto regista 45 mil m2 e 5.500 trabalhadores. O estudo destaca que, apesar da escassez de oferta continuar a ser um fator limitador, o segmento de Flexspaces tem registado um crescimento expressivo, sobretudo após a pandemia, que acelerou novas formas de trabalho.
Os anos de 2023 e 2024 foram particularmente marcantes, com os Flexspaces a representarem 14% da área total colocada no mercado de escritórios de Lisboa. No Porto, o destaque vai para a abertura do LACS no Boavista Office Center, que impulsionou a dinâmica deste segmento a Norte.
As áreas mais procuradas variam entre 100 e 500 m2, e os Flexspaces apresentam soluções que vão desde ambientes informais a espaços corporativos, permitindo uma adaptação total às necessidades das empresas.
Outro fator em destaque é a crescente importância dos critérios ESG na escolha dos espaços de trabalho. Cerca de 40% dos operadores inquiridos afirmam que a sustentabilidade é um critério determinante na gestão dos seus projetos.
Carlos Oliveira, Partner e Head of Agency da B. Prime, sublinha que o sucesso do modelo assenta não só na componente imobiliária, mas também na oferta de serviços associados.
"O seu sucesso deve-se essencialmente à rapidez da operacionalidade e à flexibilidade de prazos e usos. Se olharmos para outros mercados onde existem há mais tempo, podemos perceber que ainda há espaço para uma maior dispersão geográfica a nível nacional e para uma maior estratificação de conceitos”, refere.
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Coworkings: "Proprietários e fundos devem estar atentos a este negócio"
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Escritórios a mudar: ‘flex offices’ ganham terreno em Portugal
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Escritórios flexíveis em alta no Porto: LACS arrenda totalidade do BOC
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Os proprietários do centro comercial Stop têm em curso um projeto de reabilitação para transformar alguns espaços num coworking cultural, afirmou o vereador com o pelouro da Economia da Câmara do Porto.
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A cidade do Porto vai ter um novo projeto de escritórios disruptivo, o Francos Workplace. Trata-se de um inovador edifício que conta com o investimento da MAP Real Estate, empresa do MAP Group focada na promoção e co-investimento imobiliário.
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