
Os sinais de recuperação do mercado de ‘flex offices’ (escritórios flexíveis, em português) sentem-se em toda a Europa e Portugal não exceção, segundo o estudo ‘Further Signs of Recovery in the EMEA Flex Office Market’, da CBRE. De acordo com a consultora, entre 2017 e 2021, os ‘flex offices’ representaram 7% e 3% da ocupação de escritórios em Lisboa e Porto. Em 2022, os indicadores já aumentaram para 11% e 15%, respetivamente.
O estudo, que retrata este segmento do mercado imobiliário, nomeadamente as principais tendências e perspetivas de crescimento no momento que se vive, aponta 3 principais conclusões:
- Há fortes indicadores de ocupação por parte de operadores de escritórios flexíveis um pouco por toda a europa ocidental. Contudo, ainda há margem de crescimento sobretudo na europa central e nas regiões de leste, onde se espera um crescimento já na segunda metade de 2022;
- A procura por parte de ocupantes também se tem feito sentir de forma acentuada, "transmitindo uma mensagem bastante positiva sobre este segmento". No geral as empresas estão a regressar aos escritórios e aquelas que procuram soluções de curto-prazo encontram resposta para as suas necessidades nos espaços flexíveis. Contudo, este formato também é útil para as empresas já estabelecidas que encontram nos 'flex' uma solução complementar.
- Existem ainda diversas oportunidades de crescimento e expansão dos operadores de escritórios flexíveis no mercado europeu, quer seja através de operações de fusão e aquisição ou através de contratos de gestão.

“Portugal, como os demais mercados da Europa Ocidental, regista sinais muito positivos no setor dos escritórios flexíveis. Nos últimos cinco anos (2017 - 2021) os operadores de escritórios flexíveis representaram 7% e 3% da ocupação de escritórios em Lisboa e Porto respetivamente. No primeiro semestre de 2022 o mesmo indicador aumenta para 11% em Lisboa e 15% na região do Porto, o que comprova o apetite por parte dos operadores e o dinamismo que as nossas cidades imprimem”, comenta Cristina Arouca, Diretora de Research e Data Intelligence na CBRE Portugal, citada em comunicado,
Recentemente, a CBRE assessorou a We Work na abertura do seu primeiro espaço em Portugal, numa operação de 5.800 metros quadrados (m2) no centro de Lisboa e colocou também o primeiro espaço da insígnia Spaces na região do Porto, nomeadamente 4.500 m2 em Matosinhos.
“Efetivamente para além dos operadores internacionais como a Factory, Regus, Spaces ou We Work, verificamos o desenvolvimento e crescimento de diversas empresas de origem nacional como a Golden Hub, Heden, IdeaHub, LEAP, Maleo, entre outros, que apresentam já uma oferta consolidada na cidade de Lisboa”, acrescenta Cristina Arouca.
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