os juros da dívida pública nacional voltaram a bater um novo recorde desde a criação do euro (6,847% face aos 6,819% atingidos na segunda-feira), aproximando-se perigosamente dos 7%, limite estabelecido pelo ministro das finanças para justificar uma intervenção do fundo monetário internacional (fmi), revelou o jornal público. esta quarta-feira realiza-se a última emissão de obrigações do tesouro deste ano
segundo o público, as taxas de juro dos títulos de dívida a dez anos atingiram um novo máximo de 6,847%. o spread - a diferença face às obrigações alemãs, que são a referência dos investidores – atingiu um novo recorde, ficando-se nos 441,6 pontos-base, aumentando o prémio de risco que os investidores exigem para comprar dívida portuguesa em detrimento da alemã
na passada quinta-feira, dia 4, a dívida pública nacional tinha já batido um recorde histórico. desde essa altura que não para de subir, continuando muito perto dos 7%. sublinhe-se que no mês passado, o ministro das finanças teixeira dos santos admitiu que se as taxas de juro das obrigações nacionais se aproximassem desse valor talvez fosse necessário recorrer ao fmi e ao fundo europeu de estabilização, à semelhança do que fez a grécia. uma possibilidade excluída pelo primeiro-ministro josé sócrates
para esta quarta-feira está marcada a última emissão de obrigações do tesouro de 2010, com maturidades de seis e dez anos, pelo montante de 750 milhões a 1250 milhões de euros. segundo o público, portugal poderá endividar-se ao preço mais elevado desde a entrada na zona euro, embora as taxas dos leilões não correspondam necessariamente às que são praticadas nos mercados
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