o governo está a preparar um plano nacional para agilizar licenciamentos e conceder incentivos aos promotores imobiliários. esta medida pretende estimular a economia em 2011 e atenuar os efeitos da crise na indústria da construção. segundo o jornal expresso, a criação de uma agência nacional e o lançamento de um programa para a regeneração urbana serão as faces visíveis desta nova aposta
reis campos, presidente da confederação portuguesa da construção e do imobiliário, cip, apela a um programa nacional, com linhas de financiamento e novos sistemas de incentivos, um quadro legal mais ágil nos licenciamentos e a criação de um cluster setorial. o responsável acredita que o impulso do governo será decisivo
entre as propostas do programa da cip, que se articula com um projeto sobre a regeneração que a união europeia lançará em 2011, josé marques silva, um dos autores do programa, explica que o novo cluster permitia "estruturar a oferta e dar coerência a intervenções que congregam saberes diversificados, organizando uma comunidade empresarial dinâmica"
o consultor admite que alterar o atual paradigma leva tempo e exige um "simplex na reabilitação que organize legislação caótica e contraditória" e elimine os "custos de contexto". para o responsável é ainda essencial "pôr o mercado de arrendamento a funcionar". a "vontade política" demonstrada pelo governo "cria esperança", mas é preciso que não se resuma a "uma medida de marketing político", cita o expresso
a ação especulativa de intermediários e o preço pedido pelos donos dos prédios nos centros das cidades também funcionam como um travão à reabilitação
o investimento em reabilitação, pelo seu efeito virtuoso nas cidades e multiplicador na economia, é dos raros que gera um amplo consenso nacional, escreve o jornal. o estudo da cip calcula em 900 milhões de euros o efeito anual na economia de um programa nacional de reabilitação e defende que os sectores da construção e do imobiliário registariam, em 20 anos, 500 mil novos empregos
no universo de dois milhões de habitações a precisar de reparações, 40% exigem obras profundas. o país, diz reis campos, "deve assumir a reabilitação como um desígnio nacional" sensibilizando os privados, reféns "da lógica risco/retorno", a investir num mercado com um potencial de €28 mil milhões, cita o expresso
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2 Comentários:
a ver se é desta que as cidades portuguesas, sobretudo lisboa e porto, ganham uma cara nova. já chega de prédios a cair de podres
será isto mesmo uma boa notícia ou uma notícia só para inglês ver que não sai do papel... ou da gaveta???
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