
existem em lisboa 11.756 edifícios a necessitar de intervenção urgente, por se encontrarem em condições precárias de conservação. deste total, 7.085 estão em mau estado ou em ruínas e 4.681 estão devolutos. segundo o jornal de negócios (jdn), que se baseia em dados revelados pelo vice-presidente da câmara municipal de lisboa (cml), manuel salgado, os edifícios em causa representam mais de 50.000 fogos e cerca de 21% do edificado. o objectivo passa, por isso, por reabilitar os edifícios até 2024. actualmente há 55.000 edifícios na capital do país, que equivalem a 290.000 fogos
de acordo com o também vereador do urbanismo da cml, a verba total necessária para reabilitar os bairros, o património e o espaço público é de 1.500 milhões de euros. já o investimento privado necessário para reabilitar o edificado é de 8.000 milhões de euros. "são cifras astronómicas", disse o responsável, numa conferência sobre regeneração e reabilitação urbana promovida pela epul. citado pelo jdn, salgado reconheceu que na "época áurea da construção em lisboa, entre 2000 e 2002, apenas foram investidos 250 milhões de euros"
o responsável considerou que os 450 milhões de euros investidos em reabilitação pela cml nos últimos 20 anos foram aplicados de forma errada: "as obras coercivas e o regime especial de comparticipação na recuperação de imóveis arrendados (recria) são maus exemplos de aplicação de recursos municipais para reabilitação. farto-me de passar intimações para fazer obras", disse o responsável. "em oito milhões de euros gastos em obras coercivas, a câmara recupera quatro e os restantes são a fundo perdido", salientou manuel salgado, citado pelo jdn
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