a associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip) e a confederação do comércio e serviços de portugal (ccp) consideram que com a entrada em vigor - há cinco anos - do novo regime do arrendamento urbano (nrau) verificou-se uma quebra de 70% a nível nacional no ritmo de trespasses realizados anualmente. segundo o jornal de negócios (jdn), há comerciantes que têm, durante anos, o letreiro a anunciar o trespasse pendurado nas montras das suas lojas
luís lima, presidente da apemip, adiantou, citado pelo jdn, que o número em causa não inclui os negócios feitos a nível privado, sem a intervenção de um mediador. o responsável referiu, no entanto, que "os agentes imobiliários acompanham o mercado com bastante pormenor, o que lhes dá uma visão global"
já joão vieira lopes, líder da ccp, frisou que o trespasse, que normalmente era visto como uma garantia para o comerciante, que fazia com ele um bom negócio quando se queria reformar, "perdeu todo o interesse com a nova legislação e está completamente bloqueado". de acordo com o responsável, o problema está na renda dos imóveis, sobretudo as rendas antigas, que representam um número ainda muito considerável de pequenos comércios nos grandes centros urbanos, como lisboa e porto
o jdn adianta que antigamente, ao vender o trespasse, o comerciante "passava" também a renda, que se mantinha inalterada, logo em valores baixos, sendo que essa situação fazia com que alguns trespasses, em zonas mais caras, atingissem valores muito elevados. um cenário que mudou por completo. "agora, no momento do trespasse, o proprietário pode aumentar a renda, ou então, nada garante ao novo inquilino que ele não decida denunciar o contrato, com um aviso prévio de cinco anos. isso retira valor e dá muita insegurança a qualquer investimento", referiu nuno camilo, presidente da associação de comerciantes do porto, em declarações ao diário. uma opinião, de resto, partilhada por carla salsinha, da união das associações de comércio de lisboa: “quem procura uma loja, foge dos trespasses”
2 Comentários:
finalmente acaba-se esta vergonha!
PENSO QUE O ESTADO DEVERIA ARRANJAR UM SISTEMA TIPO SISA MAIS FAVORAVEL NESTES CASOS EM QUE PODERIA FACILITAR A VIDA AO PROPRIETARIO E AO INQUILINO SEM PERDER RECEITAS POIS APARECIAM MAIS HIPÓTESES DE TRANSACÇÕES ENTRE AMBOS
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