Contas públicas

A dívida pública nacional aumentou, tanto em termos homólogos (128,9%), como trimestrais (130,3%), e sendo atualmente mais do dobro do limite fixado de 60% do Produto Interno Bruto (PIB). Portugal fechou o primeiro trimestre deste ano com o terceiro maior endividamento da Europa a 28 (130,5%), depois da Grécia e de Itália.

Contra as expetativas de muitos, nomeadamente a OCDE, Portugal conseguiu reduzir o défice público em 2016, tendo recuado para os 2,0%, valor abaixo do limite dos 3,0% imposto por Bruxelas. Desta forma, o país cumpre uma condição essencial para a saída do Procedimento por Défices Excessivos.

As contas nacionais estão, afinal, bastante piores do que conta o Governo. A dívida pública portuguesa atingiu níveis históricos, estando acima dos 130% do Produto Interno Público (PIB), mostram os dados oficiais revelados pelo Banco de Portugal, no boletim estatístico referente ao terceiro trimestre de 2016.

O Produto Interno Bruto (PIB), que serve para ajudar a medir a saúde económica de um país, registou em Portugal um crescimento de 1,6% no terceiro trimestre, face ao mesmo período de 2015 e 0,8% numa comparação em cadeia. O que aconteceu para motivar estes resultados que tornam mais próximo o cumprimento da meta de 1,2% para o total do ano e superaram as expetativas dos analistas?

Os olhos internacionais estão postos na Execução Orçamental nacional, com muitas dúvidas e criticas quanto à (in) capacidade do Governo de conter o desequilibrio das contas públicas e cumprir a meta de fechar o ano com um défice de 2,5% do PIB. Mas a divulgação dos dados da Execução Orçamental até agosto veio esta segunda-feira revelar uma melhoria de 81 milhões de euros no défice público, face ao mesmo período no ano passado.

Há temas críticos e urgentes para as contas públicas nacionais e para a vida dos portugueses que são também grandes dores de cabeça para a nova força governamental e que vão ser o primeiro teste ao acordo dos partidos de esquerda. Em causa estão a sobretaxa do IRS e os salários da função pública, que não reúnem consenso.

As eleições legislativas do próximo domingo, 4 de outubro, vieram reacender os ânimos sobre a realidade das contas públicas do país. Ao longo das várias semanas de campanha, e após quatro anos de governação da coligação do PSD/CDS, as versões sobre a situação da contabilidade nacional variam consoante o partido que fala.

o governo vai aproveitar a oitava e nona avaliações da troika, que começam já na próxima semana, para tentar negociar a revisão da meta do défice de 2014 para 4,5% do pib - face aos actuais 4%.

a alteração ao orçamento que chega esta sexta-feira à assembleia da república não tem margem para acomodar quaisquer desvíos e a sua execução é de alto risco.

o governo conseguiu cumprir os limite para o défice das administrações pública acordado com a “troika” para os primeiros nove meses do ano, mas as receitas fiscais caíram 4,9% e o excedente da segurança social reduziu-se em quase 560 milhões de eurosde acordo com o jornal público, a nova síntese de

o tribunal de contas (tc) critica a maneira como o governo registou na dívida pública os 600 milhões de euros de receita conseguidos no ano passado com a privatização da edp.

nem a “troika”, nem a maioria que apoia o governo tiveram, esta quinta-feira, ideias novas para ajudar a economia a crescer e combater a escalada do desemprego.