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Parque das Nações: moradores queixam-se da degradação desta zona de luxo de Lisboa

Os moradores do Parque das Nações, em Lisboa, estão insatisfeitos e queixam-se da degradação da zona ribeirinha, onde decorreu a Expo’98. Responsabilizam a Câmara de Lisboa e a Junta de Freguesia, que gerem o espaço após a extinção da sociedade Parque Expo.

Segundo escreve a Lusa, parte do Jardim das Ondas ficou sem relva, o sistema de rega do Parque Tejo deixou de funcionar, muitos pontos de luz deixaram de o ser e há tábuas levantadas ou em falta em vários locais.

De acordo com o grupo de moradores “Pela Qualidade Urbana do Parque das Nações”, citado pela agência de notícias, a degradação foi sendo notória após a passagem da gestão da Parque Expo - criada em 1993 para conceber a Expo’98 e a reconversão urbanística do agora denominado Parque das Nações - para as mãos da Câmara e da Junta do Parque das Nações (criada há dois anos).

“Mudou, para pior, quando passou tudo para as autarquias. Dantes a Parque Expo recuperava, mantinha e aproveitava todo o legado que a Expo’98 deixou, desde a cultura, a arte urbana, os espaços verdes, toda esta cultura e ambiente de qualidade”, afirmou à Lusa Diogo Freire de Andrade, residente há 13 anos na zona, onde criou a sede da sua empresa.

Como alguns dos maiores problemas, aponta a falta de iluminação e de arranjo de exteriores: “É notório que os espaços verdes estão a ficar cada vez mais degradados, do simples canteiro à árvore que não é podada, à relva que não é regada nem cortada. Isto é transversal a toda a freguesia”.

Na reportagem da Lusa, pode ler-se que Célia Simões, que ali vive há três anos, recorda que a escolheu porque, “apesar de ser uma zona cara, era uma zona de excelência, onde havia jardins, bem-estar, segurança, não havia vandalismo”.

A moradora ouvida pela agência de notícias lamenta, entre outros, o estado de abandono em que estão as obras do artista plástico José Pedro Croft, na Rotunda Rossio do Levante.

A extinção da Parque Expo foi anunciada em 2011, tendo o Governo afirmado que a sociedade "cumpriu a sua função”. A empresa está agora em liquidação.

Em 2012, o Conselho de Ministros determinou a transferência para o município de Lisboa das infraestruturas afetas ao uso público e ao serviço público urbano e das posições contratuais da Parque Expo relativas à gestão urbana.

A freguesia do Parque das Nações é gerida desde as autárquicas de 2013 por um grupo de cidadãos – Parque das Nações por Nós (PNPN) - liderado por José Moreno, antigo responsável pela associação dos moradores e comerciantes da zona (que juntou áreas dos Olivais e do concelho de Loures, no âmbito da reforma administrativa). Em abril, o PNPN assinou um acordo de coligação com o PS.

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Pedro Sousa
3 Junho 2015, 13:00

O que se passa no Parque das Nações é inqualificável.

Basta percorrer o passeio dos "vulcões" de água para se perceber o estado de degradação e de completo abandono a que estes espaços foram votados.

Aqui, como em tantos outros espaços nesta zona, não se trata apenas da paupérrima imagem deixada. Trata-se igualmente da segurança de quem por eles se atreve a transitar, afetada por madeiramento apodrecido, esburacado, solto, levantado ou em falta.
Uma imagem pré apocalíptica, acentuada pelos sem-abrigo que atrai.

Urge requalificar.
E se não há verbas para manter a enorme quantidade de pavimentos em madeira então há que promover a sua substituição parcial e criteriosa por materiais mais baratos e de manutenção menos dispendiosa.

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