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Porto quer sistema de quotas para devolver moradores ao centro histórico da Invicta
GTRES

O centro histórico do Porto está cada vez mais desertificado, tendo baixado a população de 105 mil residentes adultos para os atuais 30 mil (menos 65% de eleitores), em três décadas. Para inverter esta tendência e evitar que a Baixa da invicta, património mundial desde 1996, se transforme numa estância turística, começa a ser defendida a introdução de um sistema de quotas de moradores. 

A ideia é defendida, nomeadamente, pelo presidente da União de Freguesias da zona histórica do Porto. Em declarações ao Expresso, António Fonseca defende a existência de mecanismos que travem “a mudança sem limitação de funções do edificado habitacional” do centro histórico, que face à crescente pegada turística “corre o risco de se transformar de cidade turística em estância turística”.

Evitar que zona da Baixa seja apenas estância turística

Embora não tenha uma solução já fechada para repovar a Baixa, o autarca, segundo conta o jornal, já apresentou em reunião do Conselho Municipal do Ambiente a criação de um plano de pormenor que contemple uma ponderação entre o número de residentes locais, uma espécie de parque habitacional permanente e não flutuante, por número de alojamentos turísticos.

“Estou aberto a outras ideias que visem repovoar o centro da cidade, mas é urgente travar a cobiça dos privados por mais e mais hostels em zonas como a Ribeira, sob pena de um dos maiores cartões de visita do Porto perder a identidade tripeira”, afirma António Fonseca, citado pelo mesmo meio.

O autarca diz temer que o município continue a licenciar hóteis, “guest houses” e hostels sem acautelar edificado para novos e antigos moradores que queiram regressar ao miolo da cidade.

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