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Património de Menezes está a ser investigado pelo menos há dois anos (Foto: Correio da Manhã).

Luís Filipe Menezes, antigo líder do PSD e ex-presidente da Câmara Municipal de Gaia (CMG), tem cinco milhões de euros em imóveis, património que, segundo as autoridades, não se consegue explicar através dos seus rendimentos. Os imóveis estarão em nome de familiares de Luís Filipe Menezes.

Segundo o Correio da Manhã, Menezes está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto há já dois anos. No inquérito que corre no DIAP do Porto, as autoridades já detetaram um património que ronda os cinco milhões de euros. Está em nome de Menezes e de familiares diretos e as autoridades investigam vários crimes: corrupção, gestão danosa, fraude fiscal e branqueamento de capitais.  

A publicação escreve que para já ainda não há arguidos, mas acrescenta um dado novo: hoje (dia 9), com a posse do novo Presidente da República, aproxima-se o anúncio dos novos conselheiros de Estado, o que levará Menezes a perder a imunidade. Ou seja, o ex-líder do PSD poderá ser ouvido e constituído arguido sem que as autoridades estejam dependentes da autorização para o interrogatório.  

De acordo com o jornal, entre o património imobiliário de Menezes está um apartamento de luxo na Foz, que foi registado por 500.000 euros  mas vale pelo menos o dobro – foi uma permuta que o ex-autarca fez com o pai, de uma outra casa, também no Porto –, e uma quinta em Baião comprada em hasta pública (também por 500.000 euros) e que está agora em nome dos seus pais.

Buscas na Câmara de Gaia

A investigação em causa não se fica, no entanto, por aqui, já que vários contratos da CMG estão a ser investigados. Só ontem (dia 8) a PJ realizou 24 buscas à autarquia, empresas e domicílios, no âmbito de uma investigação ligada à gestão da antiga empresa municipal Gaianima, extinta em 2015, avançou a Procuradoria-Geral Distrital (PGD) do Porto. “Nestas investigações, que não têm, até ao momento, arguidos constituídos, o Ministério Público (MP) é coadjuvado pela PJ”, lê-se na nota da procuradoria. 

A PGD do Porto refere que as buscas realizaram-se “no âmbito de um inquérito dirigido pelo MP do Departamento de Investigação e Ação Penal da Comarca do Porto, em que se investigam factos relacionados com a atividade da Gaianima, empresa municipal de Vila Nova de Gaia”.

A Gaianima geria eventos ligados à animação e equipamentos desportivos, mas foi extinta, tendo as suas instalações passado a albergar a Polícia Municipal, escreve o Correio da Manhã.

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