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A Câmara Municipal de Lisboa (CML) assinou quarta-feira (12 de outubro) três protocolos que vão permitir a cerca de 100 pessoas sem-abrigo viverem numa casa com acompanhamento individualizado, com o objetivo de se integrarem socialmente. Dois dos protocolos vão permitir a ocupação de 80 lugares (50 novos e 30 já existentes) ao abrigo do programa Housing First (Casas Primeiro) e o terceiro prevê a ocupação de 18 lugares em quartos partilhados na Unidade Integrativa de São Paulo, nas Olaias.

“São estratégias de intervenção junto de pessoas sem-abrigo que parte do princípio de que a casa ou o espaço de alojamento pessoal é o primeiro instrumento de integração das pessoas na sociedade”, disse o vereador dos Direitos Sociais da CML, João Afonso, à Lusa. “Uma unidade integrativa é um espaço coletivo enquanto na Housing First dá-se um apoio mais individualizado”, acrescentou.

No programa Housing First as pessoas que estão em situação de deixar a rua são integradas em habitações tendencialmente individuais e têm um acompanhamento por técnicos que os ensinam a gerir uma casa tendo em vista a sua integração social.

Já o centro de São Paulo é um centro de alojamento mais pequeno, que “permite uma vida adaptada aos ritmos do dia a dia, com alojamento de casais e de pessoas com animais domésticos. Não é uma casa, mas um primeiro caminho para a autonomia na sua casa”, explicou João Afonso.

A Unidade Integrativa de São Paulo, que começou a funcionar no ano passado, tem 18 camas, uma sala de estar comum, uma cozinha coletiva e um espaço para trabalhar.

Estes programas não são só dar casa. Implicam um acompanhamento ou gestão dos casos. A casa é um instrumento para um processo de acompanhamento para a integração”, frisou o vereador.

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