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Alojamento Local “aperta o cerco” ao setor hoteleiro
idealista/news

A oferta de camas em Alojamento Local (AL) cresceu 75% num ano, aproximando-se da oferta existente no setor hoteleiro. No final de 2017, todos os AL tinham mais de 161.000 camas disponíveis enquanto os hotéis tinham 211.000. Em causa estão dados que constam num estudo do Banco de Portugal (BdP) incluído no boletim económico do inverno.

Segundo a entidade, nos primeiros seis meses de 2018 registou-se “um crescimento homólogo de 56% do número de estabelecimentos de AL com menos de 10 camas, equivalendo a mais 42.000 camas”. Quer isto dizer que havia em Portugal nesta categoria de AL – a outra categoria existente é contempla estabelecimentos com mais de 10 camas – cerca de 136.000 camas em meados deste ano. 

“No período 2013-17, o número de camas em estabelecimentos com 10 ou mais camas (estatísticas do INE) cresceu cerca de 23% em termos acumulados, enquanto o aumento do número de estabelecimentos foi bastante superior (cerca de 75%). Para o crescimento do número de camas, o maior contributo foi dado pelo AL onde, entre 2013 e 2017, aumentaram 62% (o aumento de estabelecimentos em AL foi de 163%). Tendo em conta o número de camas, as regiões que mais contribuíram para o aumento da capacidade foram a A.M. Lisboa, o Algarve e o Norte”, lê-se no boletim divulgado pelo BdP.

De acordo com o banco central, “o AL com menos de 10 camas tem vindo a ganhar importância no panorama turístico nacional”, conforme mostram os dados do Registo Nacional de Alojamento Local (RNAL): “Em 2017 verificaram-se cerca de 18.000 inscrições de AL com menos de 10 camas, implicando um aumento de 59.000 camas face a 2016 (em 2016, o aumento tinha sido de 36.000 camas)”.

Os dados agora revelados pelo BdP permitem ainda concluir que a dinâmica manteve-se no primeiro semestre deste ano, tendo-se registado um “crescimento homólogo de 56% do número de estabelecimentos de AL com menos de 10 camas (equivalendo a 42 mil camas)”. 

“Em termos de capacidade total, o total dos registos de AL com menos de 10 camas realizados em 2016 e 2017 totaliza 23% do stock de camas da restante oferta de alojamento total reportada pelo INE (...)”, lê-se no documento. De referir que o Algarve, a A.M. Lisboa e, em menor grau, o Norte tiveram um peso total de cerca de 80% na criação de AL com menos de 10 camas em 2017.

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