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Cohousing - cooperativas de habitação já têm projetos em estudo na área senior em Portugal
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São já vários os grupos de interessados, junto das cooperativas de habitação económica, que estão a desenvolver estudos para avançarem com projetos de cohousing, um novo modelo de habitação destinada a seniores na vida ativa. A Cooperativa Sete Bicas, em Matosinhos, um grupo de pessoas em Sesimbra, outro em Aveiro e um quarto grupo em Lagos, no Barlavento algarvio, são algumas das primeiras manifestações de interesse.

Guilherme Vilaverde, presidente da Fenache (Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica) acredita, porém, que estas iniciativas serão apenas o embrião de dezenas ou centenas que vão aparecer nos próximos meses no país, obedecendo a um modelo de construção cooperativa.

Um dos motivos desta aposta tem a ver com que parte significativa dos investidores que compraram apartamentos ou moradias nos empreendimentos promovidos pelas cooperativas se encontra na casa dos 60/70 anos e muitos deles procuram uma solução alternativa, que ofereça melhores condições que as atuais.

Guilherme Vilaverde, citado pelo Imobiliário Vida Económica (artigo impresso), destaca o facto de nos últimos anos ter sido abordado por muitos dos cooperantes que gostariam de vender a sua casa e avançar com outra solução que permita que “deixem de viver isoladas”, mas, ao mesmo tempo, adiando a entrada num lar onde a maioria só quer ir quando está numa situação de grande dependência.

Há vários modelos de cohousing, contudo a ideia é os moradores terem o seu apartamento, normalmente de pequenas tipologias, dispondo de um conjunto de espaços comuns que são considerados complementos às áreas privadas. O objetivo é, claro está, aproximar os moradores, diminuir o custo de vida, promover o sentimento de partilha e reciclar recursos.

As Sete Bicas com lista de interessados

A cooperativa As Sete Bicas, localizada na Senhora da Hora, está já numa fase mais avançada em relação ao avanço de um projeto de cohousing. “Temos uma lista de interessados e temos duas soluções urbanísticas em estudo”, diz o responsável, considerando ser ainda prematuro apontar mais pormenores.

Contudo, destaca, “queremos projetar um edifício bem localizado, perto dos equipamentos, com 40 a 60 frações, T0 e T1, mas será o grupo de interessados a escolher a localização”, diz.

Também, em fase de decisão estão pormenores importantes sobre a própria gestão deste tipo de projetos, tendo em conta que há ainda um longo caminho a percorrer em aspetos ligados com o licenciamento, financiamento e a construção.

Uma certeza tem Vilaverde: “temos um potencial muito grande, com muitos interessados, e tal como aconteceu com a construção cooperativa, estamos convictos que os primeiros projetos vão surgir em breve no Porto, Lisboa e Algarve”.

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