
São dezenas as famílias que continuam a viver nas torres degradadas do Bairro da Jamaica, no Seixal, na margem Sul do Tejo. A Câmara quer avançar com o realojamento, que está atrasado, mas não consegue – e tudo por causa do preços das casas. Entretanto, a autarquia já pediu uma reunião com secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho, e pede um regime de exceção para conseguir comprar frações destinadas à habitação social.
A subida do preço das casas no Seixal está a dificultar todo o processo, segundo as declarações da vereadora da autarquia, Manuela Calado, à rádio TSF, que avança a notícia. A responsável pelos pelouros de gestão urbanística e desenvolvimento social da Câmara adianta que não está a ser possível encontrar casas dentro do intervalo de preços estabelecido em portaria. “Os valores da portaria ficam muito aquém dos valores que são praticados hoje”, refere, frisando a ideia de que “deveria haver uma exceção para estes casos”, nomeadamente para os municípios que pretendam realojar famílias.
O acordo para a resolução da situação de carência habitacional neste bairro, como o idealista/news já havia noticiado, foi assinado no final do ano 2017, numa parceria entre a Câmara do Seixal, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e a Santa Casa da Misericórdia do Seixal. A autarquia esperava realojar 74 famílias em outras casas até ao final de 2019, mas não foi possível cumprir o objetivo.
A cooperação entre as diversas entidades prevê realojamento de 234 famílias, no total, e tem um investimento total na ordem dos 15 milhões de euros, dos quais 8,3 são suportados pelo município.
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