2022 será mais um ano para testar a resiliência do setor imobiliário e trará consigo desafios antigos, que foram acentuados pela pandemia: o desequilíbrio entre a evolução da oferta e da procura, os constrangimentos causados pelos atrasos na construção e licenciamento de projetos e o desajuste entre a capacidade económica das famílias portuguesas e a oferta imobiliária existente no mercado. Contudo, e apesar destas previsões, antecipa-se um ano positivo para o setor, que conseguirá manter o dinamismo de 2021, estando ainda preparado para responder a eventuais novos desafios.
Os dados referentes ao ano que agora termina poderão ajudar-nos a antecipar aqueles que serão os maiores desafios de 2022. Em outubro de 2021, os dados do Banco de Portugal revelavam um aumento do valor médio de venda nacional em 5% face a 2020, tendo o valor médio da avaliação bancária aumentado em 9,5% de setembro de 2020 para setembro de 2021. Em 2022 prevê-se que este desequilíbrio na balança do mercado possa agravar preços de imóveis usados.
Os preços das casas também vão continuar a aumentar, devido a fatores como a escassez e o aumento de preços de matéria-prima, os atrasos na logística de entrega de materiais ou a falta de mão de obra que, por consequência, poderão fazer subir o valor da habitação nova. Uma das soluções poderá passar pela colaboração entre entidades governamentais, autarquias, promotores, construtores, banca e mediadores, para criar soluções à medida das necessidades de quem procura casa, e da capacidade financeira das famílias portuguesas.
“Estamos otimistas em relação ao ano que se aproxima. Mas acreditamos que, em 2022, é imperativo encaminharmos no verdadeiro sentido da ‘colaboração’, entre o Governo e os promotores imobiliários, os setores público e privado, para conseguirmos equilibrar a balança da oferta e da procura, ajustar a oferta às reais capacidades dos portugueses, e reforçar a oferta do parque habitacional do país. Só unindo esforços conseguiremos fazer do próximo ano mais um passo de sucesso para um setor que tem enfrentado tantos desafios”, sublinha Patrícia Santos, CEO da Zome.
No mercado da periferia das cidades, a procura de imóveis continua elevada, principalmente para compra. Esta tendência continuará em 2022, uma vez que os efeitos da pandemia continuam a sentir-se e o teletrabalho é uma realidade para cada vez mais portugueses. Além de aumentar a procurar por casas fora dos grandes centros urbanos, também a configuração dos imóveis poderá mudar, com cada vez mais pessoas a procurar casas com varanda ou espaços exteriores.
O grande desafio será continuar a tentar diminuir o desequilíbrio entre a capacidade económica dos portugueses e a oferta de imóveis existente no mercado. Neste sentido, prevemos que a contratação de crédito à habitação, assente numa taxa fixa, se mantenha como uma tendência em 2022. Esta opção dá mais segurança a quem quer comprar casa e reduz o risco no mercado imobiliário residencial a curto prazo, uma vez que será menor o risco de incumprimento por parte das famílias.
Em 2020, a Zome mediou cerca de 5.300 transações, que resultaram numa faturação de 22,5 milhões de euros até novembro de 2021, o que representa um aumento de 52% face ao mesmo período de 2020. O número de transações realizadas aumentou em 35,9% e o nosso volume de negócios atingiu os 688 milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 49,7%. O objetivo da mediadora imobiliária, fundada em 2019, é manter os resultados e continuar a apostar na formação dos consultores, a nível nacional e internacional.
“Tendo em conta todos os desafios, prevemos que em 2022 o setor imobiliário continue a demonstrar a resiliência que o permitiu manter-se estável mesmo durante o período mais conturbado da pandemia. Também por isso, acreditamos que será um pilar ainda mais importante para a recuperação da economia portuguesa. Na Zome, continuaremos a formar os nossos consultores para darmos a melhor resposta possível aos nossos clientes e conseguirmos acompanhar, à mesma medida, o dinamismo que prevemos para o setor no próximo ano”, conclui João Morgado, Chief Operations Officer da Zome.
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