Em junho, o preço das rendas prime em Lisboa subiu 7,6% face a dezembro. A capital ocupa o 4º lugar de um ranking com 30 cidades.
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Arrendar casas de luxo em Lisboa está mais caro
Photo by André Lergier on Unsplash

O segmento residencial de luxo foi dos que menos sentiu os efeitos da pandemia da Covid-19, mostrando-se muito resiliente um pouco por todo o mundo. Portugal não foi exceção. Isso mesmo mostram os dados mais recentes da consultora Savills: em junho de 2022, o preço das rendas prime em Lisboa subiu 7,6% face a dezembro de 2021. A capital encontra-se, de resto, no quarto lugar do ranking – contempla 30 cidades – das cidades onde arrendar uma casa de luxo mais encareceu, atrás de Londres (Reino Unido), Singapura e Nova Iorque (EUA).   

Esta é uma das conclusões a retirar do relatório Savills Prime Residential World Cities Rental Index. Segundo o mesmo, o crescimento das rendas do mercado residencial prime ultrapassou o crescimento do valor de venda no primeiro semestre do ano, tendo aumentado, em média, 3,1%. Trata-se de um valor superior ao aumento do valor de venda (2,4%). 

“As megacidades estão de novo a prosperar à medida que os arrendatários regressam à vida urbana após os períodos de confinamento. A escassez de oferta e a procura por um estilo de vida citadino, impulsionada pela reabertura das fronteiras internacionais no final de 2021, tem continuado a alimentar esta trajetória de crescimento. O regresso das viagens corporativas, o facto de os compradores experimentarem produtos e serviços antes de os adquirirem, e uma priorização da casa na sequência da adoção de modelos de trabalho flexíveis, são fatores que alavancam o crescimento dos mercados de arrendamento prime nas principais cidades do mundo”, refere Lucy Palk, analyst, Savills World Research, citada num artigo publicado no site da consultora. 

A Savills refere que Nova Iorque, Singapura, Londres e Los Angeles (EUA) lideraram o crescimento dos valores das rendas no mercado prime, registando aumentos superiores a 5% e beneficiando, em particular, do regresso das viagens internacionais. 

“Em Lisboa, Miami e Dubai, o valor das rendas cresceu rapidamente, tendo ultrapassado os 5%, em parte devido às novas tendências de estilo de vida praticadas, observadas também nos outros mercados”, nota a Savills. 

Também citado no artigo, Paul Tostevin, Head of Savills World Research, sublinha que “o stock reduzido continuará a alavancar o crescimento dos valores das rendas prime a curto prazo, especialmente para o tipo de habitações que os inquilinos procuram: unidades de qualidade, localizadas em zonas centrais, com pavimento de maior dimensão”. “Para estas propriedades, o negócio de arrendamento efetuado no período de confinamento devido à pandemia é algo do passado”, remata. 

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