
A Câmara de Ponta Delgada, Açores, identificou cerca de 200 imóveis devolutos sobre os quais vai recair o agravamento da taxa de Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI), para incentivar a reabilitação urbana e aumentar a oferta de habitação.
“O agravamento do IMI vai abranger cerca de 200 imóveis na área de implementação do REVIVA e pretende incentivar a reabilitação urbana”, lê-se na mesma nota. Aquela autarquia de São Miguel refere que a medida foi anunciada pelo vereador Marco Resendes, responsável pelo setor do planeamento urbanístico e obras públicas, no âmbito de uma cerimónia comemoração do “Dia da Construção”, organizado pela Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores (AICOPA).
O vereador assinalou que Ponta Delgada conta com programas de apoio à reabilitação urbana, nomeadamente o REVIVA e as Áreas de Reabilitação Urbana, que disponibilizam “fortes incentivos fiscais e isenção de taxas” para apoiar a “recuperação do edificado existente”.
"Este ano, para contribuir para a reabilitação dos imóveis devolutos no Centro Histórico de Ponta Delgada triplicamos a taxa do IMI como forma de acelerar este processo”, adiantou, na ocasião, o vereador Marco Resendes. De acordo com o vereador, o edificado do centro histórico de Ponta Delgada tem vindo a ser reabilitado, “devido ao sucesso do programa REVIVA, pelo aumento da procura de habitação ou investimento no setor do turismo”.
No entanto, “ainda existem diversos imóveis que se encontram degradados e devolutos, prejudicando uma dinâmica de reabilitação urbana e a oferta de habitação no centro histórico”, apontou.
Para “continuar a promover a reabilitação urbana, em especial com a reintegração dos prédios devolutos, o município dispõe da possibilidade de elevar as taxas de IMI. Foi efetuado um levantamento dos imóveis devolutos no centro histórico e a Assembleia Municipal aprovou o agravamento para o triplo da taxa de IMI”, disse o vereador, citado na mesma nota.
“No âmbito da nossa Estratégia Local de Habitação efetuamos uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência, através do programa 1.º Direito, que nos permite ter acesso a 106 milhões de euros para executar até 2026, permitindo construir diversas habitações em todas as freguesias”, adiantou ainda.
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