Estudo encomendado pelo Executivo deveria estar pronto até março, mas foi adiado mais 60 dias.
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rendas antigas
Foto de Georgi Kalaydzhiev no Unsplash

O Governo anunciou, recentemente, no âmbito do programa Mais Habitação, que os contratos de rendas anteriores a 1990 vão ficar, de forma definitiva, fora do atual regime de arrendamento. Esta medida inclui, como contrapartida, uma compensação a ser paga aos senhorios pela não atualização das rendas. Para definir como irá funcionar esse mecanismo de compensação, o Governo decidiu encomendar um estudo. O prazo inicial de entrega estava marcado para 23 de março, mas foi adiado.

Para “passar a pente fino” os contratos de rendas antigas, anteriores a 1990, e saber, por exemplo, quantos contratos existem e que famílias se encontram e situação de carência financeira, o Executivo encomendou o estudo ao PlanAPP - Centro de Competências de Planeamento, Políticas e Prospetiva da Administração Pública. O Governo de António Costa já deveria ter na sua posse o referido estudo, mas ao que tudo indica, o prazo derrapou.  

Fonte oficial do ministério da Habitação confirmou ao jornal Expresso que o “Governo decidiu prorrogar por 60 dias, conforme previsto na lei, o prazo dado ao Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública (PlanAPP), para a realização do estudo que protocolou com o IHRU, para analisar todos os contratos de rendas antigas, anteriores a 1990”.

Luís Menezes Leitão, presidente da Associação Lisbonense de Proprietários, considera “extremamente grave que o Governo não cumpra os prazos que ele próprio estabelece, com grave lesão dos direitos dos senhorios”. O responsável diz ainda ao jornal que a perpetuação do congelamento de rendas, “prevista de forma quase dissimulada e traiçoeira no pacote de medidas do Governo, reabriu uma ferida secular e um dos maiores traumas geracionais do mercado habitacional e do arrendamento português”.

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