Um novo ano letivo está a chegar e muitos estudantes universitários preparam-se para se instalar numa nova cidade, procurando quartos para arrendar. Há também cada vez mais trabalhadores deslocados, jovens famílias ou outras pessoas, que devido a circunstâncias pessoais e profissionais como a saúde, um divórcio ou desemprego, não conseguem pagar as elevadas rendas das casas, optando por partilhar casa com outras pessoas. A boa notícia é que a oferta de quartos para arrendar em casas partilhadas subiu 71% nos últimos 12 meses, segundo um estudo publicado pelo idealista, o marketplace imobiliário de Portugal. Mas as rendas dos quartos continuam a subir.
Analisando a oferta de quartos para arrendar por cidades, verifica-se que o aumento do stock foi bastante acentuado no último ano, sendo na sua maioria superior aos 50%. Em Lisboa (147%) e no Porto (107%), a oferta de quartos para arrendar mais do que duplicou. Também subiu muito em Leiria (96%), Aveiro (67%), Coimbra (50%), Faro (29%). Já em Braga a oferta de quartos para arrendar aumentou apenas 10% num ano. Das cidades analisadas, nenhuma apresentou descida da oferta no último ano.
Apesar da subida do stock, os preços dos quartos para arrendar aumentaram em todas as cidades analisadas. Foi em Braga onde as rendas dos quartos mais subiram, sendo 35% mais caras do que há um ano. Segue-se Setúbal (27%), Faro (27%), Coimbra (23%), Lisboa (20%), Aveiro (18%), Leiria (17%) e Porto (14%).
Lisboa continua a ser a cidade com os quartos mais caros em Portugal, onde os preços rondam em média os 506 euros mensais, seguida pelo Porto (400 euros por mês), Setúbal (380 euros por mês), Faro (380 euros por mês), Aveiro (355 euros por mês) e Braga (350 euros por mês). Por outro lado, das cidades analisadas, as mais económicas para arrendar quarto são Coimbra (270 euros por mês), Leiria (270 euros por mês) e Santarém (290 euros por mês).
Arrendar quarto não é só para estudantes: qual é o perfil?
Os dados publicados neste relatório revelam que o arrendamento de quartos não é uma opção habitacional apenas para estudantes, sendo também na escolha de jovens nos seus primeiros anos no mercado de trabalho e em alguns casos até mais tarde. A atual realidade do mercado de arrendamento português nas grandes cidades - marcada pelos elevados preços e escassa oferta - faz também com que seja complexo para muitas pessoas solteiras ou separadas suportar o custo de uma casa, tornando o arrendamento de um quarto a opção mais acessível aos seus rendimentos.
Analisando o perfil de quem procura quartos para arrendar, verifica-se que são pessoas com 40 anos (em média), que vivem no centro de grandes cidades e não fumam (apesar de tolerantes com quem fuma), indica o estudo.
A idade média dos habitantes de uma casa partilhada varia em função da zona geográfica, sendo Santarém é a cidade com a média mais alta, rondando os 42 anos. Segue-se Setúbal, com uma média de idades de 40 anos e Braga onde a média é de 39 anos. No Porto, a média é de 35 anos, seguido por Lisboa (32 anos), Leiria (30 anos), Coimbra (29 anos), Faro (27 anos) e Aveiro (26 anos).
De notar que partilhar casa, além de ser uma opção para estudantes e trabalhadores deslocados, entre outras pessoas, também continua a ser um estímulo para muitos jovens com vontade de serem independentes e de saírem da casa dos pais, uma tendência que deverá aumentar nos próximos anos.
Metodologia
Para a realização deste estudo foram considerados apenas as cidades com uma base estável no idealista durante o período analisado e com um número mínimo de 40 anúncios.
O idealista tornou-se numa referência para todos aqueles que procuram partilhar casa, tanto pela facilidade de utilização como qualidade da informação. A opção disponibilizada pelo idealista de procurar um companheiro de casa para iniciar com ele o processo de pesquisa de um alojamento, tem um grande sucesso entre os utilizadores portugueses e estrangeiros que se deslocam ao nosso país e que pretendem encontram um quarto desde os seus locais de origem. Uma das grandes vantagens são as diferentes opções linguísticas disponíveis no idealista: além do português está acessível o inglês, alemão, francês, russo, espanhol, italiano, sueco, holandês, finlandês, polaco, romeno, dinamarquês, chinês e grego.
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