
Lisboa registou os maiores aumentos de rendas prime entre janeiro e junho de 2023. Entre 30 capitais mundiais analisadas num estudo da Savills, a cidade destacou-se como aquela onde o custo de arrendar casa mais subiu: nos primeiros seis meses do ano, o preço das rendas de casas premium em Lisboa disparou 13,9%. Já em termos homólogos, o aumento foi de 32,7%.
“Lisboa, Singapura e Berlim registaram os maiores aumentos nas rendas prime durante os seis meses até junho de 2023, com Lisboa e Singapura também a registarem o maior crescimento anual”, revela o World Cities Index da Savills.
O estudo salienta que os mercados de arrendamento premium de Lisboa e Singapura testemunharam “níveis significativos de crescimento de preços nos últimos 18 meses, com as rendas a aumentarem mais de 40%, à medida que o afluxo de inquilinos internacionais impulsionou a procura por residências premium”.
Mas a capital portuguesa conseguiu mesmo ultrapassar as subidas de Singapura (13,6%), que registou o segundo maior aumento, ou Berlim (9,2%), no terceiro lugar do pódio.
Os efeitos das subidas das rendas já começam a sentir-se. Não só para quem já vive em Portugal, e que tem de debater-se com o difícil acesso à habitação - seja para arrendar ou comprar -, mas também para quem vive lá fora e pondera mudar-se para o país. Recentemente, recorde-se, um estudo da mesma consultora revelou que os preços das rendas em Lisboa já estão a afastar os nómadas digitais, que agora escolhem o Dubai como destino de eleição para se instalarem.

- No Dubai, as rendas residenciais prime continuaram a crescer. Desde dezembro de 2020, as rendas prime médias aumentaram 62%. Diz o estudo que “a cidade tem tido sucesso na atração de UHNWIs (ultramilionários) de vários países”, sendo isso “particularmente evidente” no crescimento de ‘branded residences’ na cidade, um segmento especialmente atraente para uma base de consumidores internacionais.
- Na Ásia-Pacífico, os mercados de arrendamento de Kuala Lumpur (aumento de 4,3%) e Banguecoque (aumento de 4,2%) “estão a recuperar um impulso nunca visto desde antes da pandemia”. Hong Kong também está a registar um aumento na procura de arrendamento residencial após a flexibilização de todas as restrições da Covid-19 no final de 2022, e Tóquio está a beneficiar de um regresso à cidade, com as rendas prime médias a aumentarem 1,7% no primeiro semestre de 2023.
- Nova Iorque teve o desempenho mais forte das cidades norte-americanas no Savills Index, com as rendas a subirem 1,6% até junho de 2023.
“Olhando para o futuro, antecipamos que as rendas continuem a superar os valores durante o resto de 2023 e no médio prazo, uma vez que a oferta continua a permanecer escassa face à procura crescente”, comenta Paul Tostevin, responsável pela Savills World Research.
“Espera-se que a oferta permaneça escassa em muitas cidades do mundo. Vários fatores, incluindo o aumento dos custos de construção, os desafios de desenvolvimento e o aumento dos custos da dívida, contribuem para a disponibilidade limitada de stock”, acrescenta.
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