
O crescimento do mercado imobiliário desacelerou em Lisboa, mas as previsões para 2024 colocam a capital portuguesa à frente de cidades como Londres e Berlim. Os preços no mercado residencial de luxo da capital devem subir 2% em 2024, segundo um estudo da imobiliária Knight Frank, que desde 2021 é parceira da portuguesa Quintela + Penalva.
"Lisboa surge a meio da tabela tendo em conta as previsões para 2024, à frente de cidades como Londres, Berlim e Edimburgo. É expectável que a capital portuguesa registe um crescimento de 2%, enquanto Berlim e Edimburgo apresentam uma queda nos preços (entre -1 e -3%)", lê-se no comunicado enviado às redações.

De um modo geral, "os preços do mercado de luxo residencial deverão melhorar em 2024", com um crescimento médio de 2%, à exceção do Dubai. Auckland e Mumbai lideram a previsão para 2024, já que ambas as cidades apresentam um crescimento de 5% no período de 12 meses. Em Singapura (4%) a procura vai continuar a superar a oferta.
“Depois do crescimento do mercado imobiliário de luxo em Portugal, que veio preencher uma lacuna grande ao nível da oferta, é expectável que esse mesmo crescimento seja consolidado, à semelhança do que acontece nos principais mercados europeus. No entanto, o nosso país tem margem de expansão”, explica Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva.
Espera-se ainda que Madrid (4%), Paris (3%) e Dublin (2,5%) sejam as cidades com melhor desempenho, dada a falta de stock no setor do luxo e a "relativa resiliência económica dos respetivos países".
“O aumento da inflação e as consequentes subidas das taxas de juro foram o principal tema do primeiro semestre de 2023. No entanto, os principais mercados têm suportado o peso da dor, mas mesmo aqui os volumes de vendas, e não os preços, têm sido a maior vítima até à data. Os mercados residenciais de luxo são mais resilientes no que toca às mudanças no ambiente da política monetária, dada a maior proporção de liquidez e de compra sem recurso a crédito, embora estes investidores não estejam imunes às consequências das políticas monetárias recentes”, assegura Kate Everett-Allen, autora da mais recente previsão da Knight Frank.
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