Oferta de quartos no mercado de arrendamento duplicou em Lisboa e subiu 64% no Porto, diz idealista. Mas rendas também aumentaram.
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Arrendar quartos em Portugal
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As casas para arrendar em Portugal continuam a ficar mais caras, embora a menor ritmo. Esta tendência tem elevado as rendas das casas para níveis muitas vezes incompatíveis com os salários das famílias. É por isso que muitos jovens, profissionais deslocados ou quem está a reorganizar a vida (por um divórcio, por exemplo) vê nas casas partilhadas uma solução, pelo menos, de curto prazo. A boa notícia é que há maior escolha no mercado, já que a oferta de quartos para arrendar em Portugal aumentou 75% no último ano. Mas, ainda assim, os preços dos quartos subiram 15% durante o mesmo período, tendo o custo mediano sido de 425 euros por mês, segundo uma análise de dados publicada pelo idealista, o marketplace imobiliário do sul da Europa.

Analisando as 18 capitais de distrito com amostras representativas, verifica-se que a oferta de quartos para arrendar subiu em quase todas as cidades, com destaque para Castelo Branco, onde o stock de quartos triplicou. Também em Bragança, Santarém e Lisboa a oferta de quartos no mercado de arrendamento deu o salto num ano, tendo mais que duplicado entre março de 2023 e março de 2024.

Há também maior disponibilidade de quartos para arrendar em casas partilhadas em Ponta Delgada (95%), Porto (64%), Coimbra (62%), Viana do Castelo (44%), Braga (41%), Viseu (29%), Évora (26%), Faro (23%), Aveiro (8%), e Setúbal (6%).

Já na Guarda o stock de quartos para arrendar manteve-se estável nesse período. E no Funchal (-66%), Vila Real (-11%) e Leiria (-2%) há menos quartos disponíveis para arrendar no mercado.

Renda dos quartos sobe em quase todas as grandes cidades

Apesar do aumento da oferta de quartos para arrendar na maioria das cidades, os preços continuaram a trajetória de subida. Ponta Delgada foi onde os quartos para arrendar mais subiram de preço, 42% num ano. Seguem-se Castelo Branco (36%), Santarém (20%), Funchal (20%), Bragança (17%), Leiria (16%), Lisboa (15%), Viseu (13%) e Viana do Castelo (11%). As menores subidas de preço dos quartos para arrendamento foram sentidas em Coimbra (7%), Braga (7%), Aveiro (7%), Évora (7%) e no Porto (5%).

Em Faro e Setúbal, os preços dos quartos para arrendar mantiveram-se estáveis no último ano. Por outro lado, as rendas dos quartos desceram em Vila Real (-20%) e Guarda (-20%).

Lisboa continua a ser a cidade com os quartos mais caros para arrendar: 545 euros por mês. Seguem-se o Porto (400 euros/mês), Ponta Delgada (362 euros/mês), Castelo Branco (300 euros/mês), Santarém (300 euros/mês), Funchal (300 euros/mês), Viana do Castelo (300 euros/mês), Coimbra (300 euros/mês), Braga (300 euros/mês), Évora (300 euros/mês), Aveiro (300 euros/mês), Faro (300 euros/mês), Setúbal (300 euros/mês) e Leiria (290 euros/mês).

Por outro lado, os quartos mais baratos para arrendar encontram-se na Guarda (200 euros/mês), Bragança (234 euros/mês), Vila Real (240 euros/mês) e Viseu (260 euros/mês).

Pessoas interessadas por cada quarto para arrendar em queda com subida de oferta

O aumento da oferta de quartos disponíveis para arrendar causou uma redução de 37% no número de interessados por quarto ao longo de um ano, indicam os dados do idealista. Isto quer dizer que a procura de quartos está, assim, mais distribuída pela oferta existente.

Foi em Castelo Branco onde o número de contactos por quarto mais desceu nos últimos 12 meses (70%). Seguem-se Lisboa (-52%), Santarém (-51%), Viana do Castelo (-33%), Porto (-30%), Ponta Delgada (-23%), Coimbra (-21%), Braga (-14%), Bragança (-12%) e Évora (-1%).

Por outro lado, o número de interessados por quarto para arrendar aumentou 342% no Funchal, seguindo-se Vila Real (205%), Setúbal (46%), Aveiro (40%), Leiria (34%), Guarda (17%), Faro (8%) e Viseu (8%).

Metodologia

Para a realização deste estudo foram consideradas apenas as cidades com uma base estável no idealista durante o período analisado e com uma amostra representativa de anúncios de quartos para arrendar.

O idealista tornou-se numa referência para todos aqueles que procuram partilhar casa, tanto pela facilidade de utilização como qualidade da informação. A opção disponibilizada pelo idealista de procurar um companheiro de casa para iniciar com ele o processo de pesquisa de um alojamento, tem um grande sucesso entre os utilizadores portugueses e estrangeiros que se deslocam ao nosso país e que pretendem encontrar um quarto desde os seus locais de origem.

Uma das grandes vantagens são as diferentes opções linguísticas disponíveis no idealista: além do português está acessível o inglês, alemão, francês, russo, espanhol, italiano, sueco, holandês, finlandês, polaco, romeno, dinamarquês, chinês e grego.

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