Apesar da distribuição de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para habitação estar a acelerar, a construção está atrasada. Das mais de 3.000 casas com financiamento garantido no âmbito do programa 1.º Direito, só 132 tinham, até junho, as obras já concluídas.
Um estudo recente feito por dois investigadores a partir de dados públicos, citado pelo jornal Público, revela que cerca de metade das verbas dos programas abrangidos pelo PRR que são dirigidos à habitação já foram distribuídos.
Até junho, apenas 132 obras estavam concluídas das 3.321 casas que já têm financiamento aprovado. Outras 1.416 tinham o contrato de empreitada já celebrado, mas a maioria (1.741 fogos) ainda tinha o concurso de empreitada a decorrer ou por lançar.
Segundo o jornal, os investigadores alertam para o risco de não-conclusão das obras no prazo estabelecido, o que "poderá obrigar alguns municípios a abdicar dos projetos ou a devolver as verbas contratualizadas".
Ao mesmo tempo, a distribuição das verbas poderá acelerar ainda mais, uma vez que o Governo lançou uma nova medida que permite a assinatura de termos de responsabilidade entre o Executivo e as autarquias, no sentido de aprovar candidaturas que estavam pendentes no Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
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