Cada deputado recebeu, em média, 2.420 euros por mês só nestes apoios em 2023. Fatura total deverá subir em 2025.
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Ajudas de custo aos deputados
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Quando os deputados participam nos trabalhos da Assembleia da República (AR), recebem um valor de ajudas de custo com alojamento, alimentação e deslocações. E agora sabe-se que o Parlamento pagou a cada deputado uma média de 29 mil euros em apoios deste tipo durante o ano passado. Assim, esta despesa pública em ajudas de custo aos deputados atingiu os 3,8 milhões de euros em 2023.

Os dados do gabinete da secretaria-geral da Assembleia da República, citados pelo ECO, revelam que o Parlamento pagou um total de 3,8 milhões de euros aos deputados com assento na AR em ajudas de custo em alojamento, alimentação e deslocações. Contas feitas, cada deputado recebeu uma média de 29 mil euros por ano ou 2.420 euros por mês. Somado este valor das ajudas (livre de IRS), a um salário de um deputado sem exclusividade de funções (3.892 euros), perfaz um rendimento médio de 6.312 euros mensais.

As ajudas de custo são atribuídas aos 230 deputados apenas quando participam em sessões plenárias ou comissões no Parlamento, sediado no Palácio de São Bento (Lisboa). Quando à AR fecha durante o verão (final de julho e início de setembro) ou na altura do Natal, os deputados não recebem qualquer apoio, refere o mesmo jornal.

O valor dos apoios relativos à alimentação e alojamento varia consoante os deputados residam ou não na área da Grande Lisboa, explicam ainda na mesma publicação:

  • Residentes fora da Grande Lisboa (159 deputados): ajuda é de 69,19 euros por dia;
  • Residentes na Grande Lisboa (71 deputados): recebem 23,05 euros por dia;

No que diz respeito às ajudas de custo nos transportes, o valor é de 0,40 euros por quilómetro, contabilizando a ida a volta da residência para o Parlamento. O valor é igual caso os deputados vivam dentro ou fora da Grande Lisboa e requer a apresentação do recibo da despesa.

Ao que tudo indica, a despesa com ajudas de custo aos deputados deverá subir – e muito – no próximo ano, com impacto no Orçamento do Estado para 2025, caso seja viabilizado. Isto porque o Parlamento aprovou, por unanimidade, o alargamento destes apoios a outras atividades que antes estavam excluídas, como reuniões de grupos parlamentares, de direções de bancada e para definição do sentido de voto de orçamentos do Estado. 

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