PSP e GNR alertam que a atividade é crime e só pode ser feita por ordem judicial.
Comentários: 0
despejos
Getty images

O Ministério Público (MP) está a investigar a empresa espanhola Anti Okupas, que recentemente iniciou atividade em Portugal e publicita serviços de despejo de imóveis ocupados alegadamente de forma ilegal. 

A informação foi avançada esta segunda-feira, 19 de maio de 2025, pelo jornal Público, que cita fonte oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR), confirmando que os factos estão a ser analisados pelas autoridades.

Com presença consolidada em Espanha há cerca de cinco anos, onde afirma ter recuperado quase quatro mil imóveis, a Anti Okupas tem vindo a ganhar notoriedade em Portugal, não apenas nas redes sociais, mas também em órgãos de comunicação social, onde anuncia serviços de "despejos rápidos e eficazes" de ocupantes sem autorização legal.

Apesar da exposição mediática, a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) garantem que este tipo de actuação é ilegal à luz da legislação portuguesa. 

A PSP esclareceu ao jornal que "nenhuma entidade privada pode actuar neste âmbito", sendo os despejos competência exclusiva das autoridades judiciais e policiais. Acrescenta ainda que, caso estas práticas se concretizem em território nacional, podem levar à detenção em flagrante delito ou à instauração de um processo-crime.

Por sua vez, a GNR confirmou ter conhecimento da actividade da empresa, mas até à data não registou qualquer ocorrência relacionada. Sublinha, contudo, que qualquer remoção de pessoas de um imóvel apenas pode ser feita por decisão judicial e em articulação com o Ministério Público (MP), salvaguardando os direitos e garantias dos cidadãos.

Acompanha toda a informação imobiliária e os relatórios de dados mais atuais nas nossas newsletters diária e semanal. Também podes acompanhar o mercado imobiliário de luxo com a nossa newsletter mensal de luxo.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta