A crise na habitação continua a marcar o debate político nacional, uma vez que o acesso a uma casa se tornou uma das principais preocupações das famílias a viver em Portugal. O problema não é novo, mas a pressão tem vindo a intensificar-se, devido ao aumento continuado dos preços das casas, sem o devido acompanhamento dos salários. E, recentemente, um relatório do Conselho Europeu veio mesmo identificar Lisboa como a cidade da União Europeia onde os residentes destinam a maior fatia do rendimento médio à habitação. Com este contexto como pano de fundo, a necessidade de coordenação política para viabilizar soluções e a análise às medidas do Governo da AD marcaram o debate no programa “Entre Políticos” da Antena 1.
- O PSD defendeu que é necessário tempo para que os efeitos das políticas comecem a sentir-se. O deputado Gonçalo Lage argumentou que “não se consegue construir casas de um dia para o outro”, mas insistiu que “o conjunto de medidas do Governo têm um impacto importante”, nomeadamente ao incentivar o aumento da oferta de arrendamento. No artigo em que resume o programa, a RTP conta que o social-democrata acredita que os preços começam a estabilizar e até “a reduzir no mercado de arrendamento”.
- O Chega apontou falhas de coordenação entre o Governo central e as autarquias. O deputado Francisco Gomes afirmou que a crise atual é “um espelho de décadas de orientações menos acertadas, políticas avulsas no setor” e de “investimento insuficiente na habitação pública”. O partido considera que a instabilidade política agrava o problema e impede um plano estratégico consistente para o país.
- O Partido Socialista, por sua vez, prometeu apresentar novas propostas durante a discussão do Orçamento do Estado. A deputada Marina Gonçalves destacou o desfasamento entre salários e preços das casas, dizendo que “há é uma parte muito errada na forma como é construído este programa: é o preço”. Na sua perspetiva, a solução passa por aumentar salários ou ajustar os valores de mercado.
- A Iniciativa Liberal também criticou tanto o anterior Governo do PS como o atual executivo, defendendo que “as pessoas não têm onde viver” e que as medidas apresentadas até agora não são suficientes para travar a crise.
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