Promessas do IHRU e do Governo sobre pagamento do apoio à renda não foram cumpridas.
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Apoio à renda
Foto de Andrew Neel no Pexels

O apoio extraordinário à renda foi criado há dois anos pelo antigo Governo de António Costa. E, apesar de terem sido feitos alguns ajustas à lei para chegar mais rápido às famílias, há beneficiários elegíveis desde o início do programa que nunca chegaram a receber qualquer valor. Aliás, mais de 40 mil famílias têm o apoio à renda suspenso devido a “incongruências” nos dados considerados para o seu cálculo.

Outubro foi mais um mês que passou sem que o apoio extraordinário à renda tenha sigo pago a milhares de inquilinos considerados elegíveis, escreve o Público. Isto apesar de o próprio Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) – entidade responsável por gerir este programa - ter garantido que os pagamentos em atraso seriam realizados nesse mês. 

Antes, recorda o mesmo jornal, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, havia prometido que iria pagar os apoios à renda em atraso, e com retroativos, em setembro. 

Acontece que nenhuma das promessas foi cumprida dentro dos prazos. Muitos dos beneficiários considerados elegíveis desde o início do programa continuam, assim, sem receber qualquer montante de apoio para pagar a renda da casa. E muitas das pessoas que viram o apoio à renda suspenso também continuam sem saber os motivos que levaram a essa suspensão, acrescenta o diário. 

De notar ainda que os dados reportados sobre os beneficiários do apoio à renda terão sido atualizados pelo IHRU a 27 de outubro para cerca de 134 mil inquilinos beneficiários e cerca de 43 mil locatários com apoio à renda suspenso. Apenas duas semanas antes falava-se em mais de 129 mil beneficiários e mais de 58 mil arrendatários com “incongruências” detetadas e apoios suspensos.

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