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Nova Zelândia aprova lei que proíbe venda de casas a estrangeiros
Em Auckland os preços das casas aumentaram 75% nos últimos quatro anos wikimedia_commons

O aumento do preço das casas na Nova Zelândia - dados avançados em 2017 pela The Economist revelaram que na cidade de Auckland, por exemplo, os valores dispararam 75% nos últimos quatro anos - levou o Governo do país a aprovar uma lei que proíbe a venda de imóveis a estrangeiros.

Trata-se de uma lei que faz parte da promessa eleitoral do Partido Trabalhista da primeira-ministra Jacinda Ardern. Ou seja, o governo considera que são as pessoas vindas de fora do país que estão a inflacionar o mercado imobiliário, levando a uma subida dos preços das casas.

Citado pelo The Guardian, o ministro-adjunto das Finanças da Nova Zelândia, David Parker, explicou que a proibição em causa significa uma maior acessibilidade na habitação para os neozelandeses e um aumento da oferta no mercado imobiliário. De acordo com o governante, o mercado residencial deve ser estabelecido pelos compradores neozelandeses e não por compradores estrangeiros.

De referir que a nova lei, que não se aplica a compradores oriundos de Singapura e da Austrália, é encarada como uma forma de beneficiar aqueles que contribuem para a economia nacional, que pagam impostos e que têm as suas famílias no país. "Não consideramos que os neozelandeses devam ser superados por pessoas ricas vindas do exterior. Não deveríamos ser inquilinos na nossa própria terra", disse David Parker no parlamento.

Apenas um quarto dos adultos na Nova Zelândia tem a sua própria casa, sendo que nos últimos cinco anos o número de sem-abrigo aumentou, com os neozelandeses a serem forçados a viver, por exemplo, em carros, em garagens e em tendas, escreve o The Guardian.

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