Comentários: 0
Malta, o 'el dorado' imobiliário dos estrangeiros para ter cidadania europeia
Flickr

Aliciados por uma economia robusta e um estilo de vida descontraído, os investidores internacionais descobriram em Malta um paraíso dourado. Mas não só por isto. Chegam atraídos por benefícios fiscais e facilidades na obtenção de cidadania europeia. E o imobiliário está a ganhar com tudo isto, sendo mesmo, atualmente, um dos mercados mais fortes do mundo, segundo os especialistas.

Os preços das casas na ilha subiram mais de 10% no ano passado, de acordo com o Global House Price Index da Knight Frank, numa subida que pode ser explicada pelo forte aumento da procura, conta o The Wall Street Journal num artito de acesso pago, reproduzido pelo ECO.

Os estrangeiros pagam, 247 mil dólares (219 mil euros) por um apartamento com dois quartos na costa sul e 505 mil dólares (448 mil euros) pelo mesmo apartamento na Golden Mile, na costa nordeste (o local mais procurado pelos estrangeiros). No caso de uma casa com quatro quartos na zona norte da ilha, esta poderá custar 4,7 milhões de dólares (4,17 milhões de euros).

De acordo com Alan Grima, CEO da Dhalia Real Estate Services, citado no artigo, 60% dos investidores internacionais são da UE, havendo também muitos norte-americanos à procura de se tornarem cidadãos europeus.

E um dos fortes imans de atração de estrangeiros para Malta, em paralelo com o estilo de vida e a economia saudável, está precisamente a ser o Programa de Cidadania por Investimento (CIP), que atribui autorização de residência em troca da compra de um imóvel, numa lógica similar aos chamados Vistos Gold portugueses.

Como conseguir a cidadania  

O Malta Individual Investor Programme (IIP), segundo escreve o ECO, oferece aos estrangeiros duas formas para se tornarem cidadãos da UE. Uma delas é através de um investimento imobiliário mínimo de 350 mil euros — em Portugal os Vistos Gold preveem um investimento mínimo de 500 mil euros –, que prevê um IRS máximo de 35% e nenhum imposto sobre o património.

Outra via, indica o jornal, é através do arrendamento de um imóvel, que totalize uma renda anual mínima de 16 mil euros. Contudo, a lei prevê que, tanto na compra como no arrendamento, o investidor fique com o imóvel por um prazo mínimo de cinco anos, com base em informações do site Malta Immigration.

Ver comentários (0) / Comentar